domingo, 29 de novembro de 2009

Salada Esportiva - Decisões do Brasileirão

Se a principal reclamação dos defensores do esquema antigo do Campeonato Brasileiro é a falta da fase mata-mata, a edição 2009 faz os críticos reverem seus conceitos.
Hoje, na penúltima rodada, aconteceram 8 "finais" simultâneas. Somente Grêmio x Barueri e Avaí x Santos não valeram briga pelo título, vaga na Libertadores ou rebaixamento.

Quanto aos resultados, parabéns ao Flamengo, que quis mais o título do que Palmeiras e São Paulo e, com a vitória de hoje, garantiu o hexa – claro, se não acontecer nenhuma catástrofe no Maracanã lotado de domingo que vem, contra um Grêmio já de férias.
Parabéns também para o Fluminense, que só depende de si para fugir do rebaixamento, graças a uma arrancada inacreditável. Só que a última rodada é de confronto direto, contra um Coritiba desesperado, no Paraná.
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Esse ano tem tudo pra ser um dos melhores da história do futebol carioca: Flamengo campeão da série A; Vasco, da série B. Fluminense chegando na final da Sulamericana e vencendo todas no Brasileiro. Só o Botafogo destoou e, justo na hora que não podia, entrou na Zona do Rebaixamento. Agora tem que vencer o Palmeiras, que ainda tem chances de título, no Engenhão.
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Agora, hora dos palpites: como já disse, Flamengo campeão. O São Paulo não perde pontos pro Sport, o Inter também vence o Santo André. Esses são os três classificados pra fase de grupos da Libertadores 2010.
Palmeiras e Cruzeiro brigam pela vaga da pré-Libertadores. Os dois times jogam fora de casa, sendo que os mineiros enfrentam o Santos, que já não quer mais nada no campeonato. Já os paulistas pegam o Botafogo, no jogo mais importante do ano para os dois. Torço pro Botafogo se salvar e, de quebra, pro Cruzeiro vencer e terminar em quarto.

sábado, 28 de novembro de 2009

Dream Bathroom...

E o final de semana chegoooooou! Que maravilha, ainda mais com a contagem regressiva para as férias acadêmicas... E na expectativa das férias corporativas também! hehe.
Hoje não tem nada sobre shows, cinemas e tampouco apresentação. Com esse calor hoje, só descontraindo... Acontece que de uns tempos pra cá vem rolando uma moda nos EUA de um tal banheiro público transparente. Eu diria que um tanto quanto TENSO.
Por fora o vidro espelhado impede que as pessoas vejam o que se passa dentro do banheiro. Mas por dentro... Por dentro ele é todo e completamente transparente, o que nos traz a singular sensação de estar sendo visto por tudo e todos no momento mais particular do ser humano.

Se é interessante, eu não sei, mas deve ser uma terapia ímpar... hêhê




E aí, vai encarar? :P

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Mamma Mia! E 'Settimana del Cinema Venezia

 Pois é, Saladers de Plantão. O final de novembro está aí e consequentemente o final do ano, época de compras, presentes, estresses com engarrafamentos, férias (!!). Mas antes de vivermos essa rotina de final de ano, que tal conferirmos o que a Embaixada Italiana nos preparou?


 Em parceria com a TIM e com a colaboração dos Institutos Italianos de Cultura e dos Consulados da Itália de SP e RJ, a Embaixada da Itália iniciou em 2004 a mostra de cinema "Semana Venezia Cinema", a fim de divulgar a cultura Italiana através de filmes lançados no “Festival Internacional de Cinema de Veneza”, que acontece anualmente, tendo sido agregado à programação da Bienal de Veneza em 1932. Este Festival, além da mostra, tem caráter competitivo e prêmio de melhor filme é o “Leão de Ouro”, um dos mais prestigiados na arte cinematográfica.

 Em 2009, a Semana Venezia Cinema, já em sua 5ª Edição, apresenta seis novas películas que fizeram sucesso em Veneza, divulgando a arte e a produção cinematográfica do país. São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro contarão com cinco dias de programação, tendo a projeção de um filme por dia. Em todas as Capitais o filme a cortar a fita vermelha do evento será o “Baarìa” (Itália, 2009), dirigido por Giuseppe Tornatore e concorrente ao Oscar 2010, que conta a história da vida de uma família da Sicília, na Itália, da década de 1930 à década de 1970. Nos quatro dias subsequentes poderemos nos deliciar com “Cosmonauta”, da Susanna Nicchiarelli (Itália, 2009); “Dieci inverni”, do Valerio Mieli (Itália/Rússia, 2009), “Il grande sogno”, da Michele Placido (Itália, 2008); “La doppia ora”, do Giuseppe Capotondi (Itália, 2009) e “Lo spazio bianco”, da Francesca Comencini (Itália, 2009). A entrada é franca nas três Capitais.

 São Paulo fez as honras da casa ontem com a noite de Abertura do Evento, recebendo a visita do aclamado Giuseppe Tornatore, que também estará presente no lançamento em Brasília. São Paulo dará continuídade ao evento de hoje até o dia 01/12/2009; Brasília mergulhará na Cultura Italina amanhã, dia 27/11/2009. E para nós, do Rio de Janeiro, a apresentação se dará no Cinema Odeon, na Cinelândia,sendo a última das três cidades a sediar o Festival e fechando com chave de ouro no dia 06/12/2009.

 Ma un momento, la gente. Onde e que horas será tudo isso?

São Paulo - De 26 de novembro a 1º de dezembro de 2009
Espaço Bombril – Av. Paulista 2073 de Artes Cênicas
26/11 - 18h: Baarìa
27/11 - 18h: Cosmonauta
28/11 - 18h: Il grande sogno
29/11 - 18h: Lo spazio bianco
30/11 - 18h: La doppia ora
01/12 - 18h: Dieci inverni

Brasília - De 27 de novembro a 2 de dezembro de 2009
Cine Brasília (EQS 106/107)
27/11 - 20h30h: Baarìa
28/11 - 19h30h: Dieci Inverni
29/11 - 19h30h: Cosmonauta
30/11 - 19h30h: Il grande sogno
01/12 - 19h30h: Lo spazio Bianco
02/12 - 19h30h: La doppia ora

Rio de Janeiro - De 30 de novembro a 5 de dezembro de 2009
Cinema Odeon (Pça. Floriano, 7, Cinelândia)
30/11 – 19h30h: Baarìa
02/12 – 21h: Cosmonauta
03/12 – 21h: Il grande sogno
04/12 – 21h: Dieci Inverni
05/12 – 21h: Lo spazio bianco
06/12 – 21h: La doppia ora

Arrivederci!


terça-feira, 24 de novembro de 2009

Auto-Pessoa em 3º Retrato: A Imersão


Hoje, 24/11/2009, após duas participações através do Salada Interativa (21/10/2009 e 23/11/2009), fui convidada oficialmente, hêhê, a fazer parte da Equipe do Saladaville. E é bom estar rodeada de amigos para fazer o que há de melhor: Escrever! Então, meu auto-bem-vinda dar-se-á através de breves e singelas palavras, anteriormente dedilhadas no meu Óbvio Utópico. Sintaxe a vontade
~*
E é bom, de vez em quando, mudar um pouco o que já é óbvio, talvez nem chegue a ser utópico, mas será assim, diferente: 
                           愛  .   友情   .  バランス  .  尊重   .  愛 . 友情  .  バランス . 尊重 .  愛 . 友情  .  バランス  .  尊重 

Carioca com os dois pés no Japão. Samba na cabeça, objetivos nos pés e papel e lápis na mão. Ariana com ascendente em escorpião. Fã de antíteses, também de (grandes) tatuagens, por enquanto tem uma no corpo, enquanto que nas idéias... Amante marota de literatura, todas que ousarem existir! Atemporal nos pensamentos; atemporal nas playlists. Estudante de Psicologia; psicóloga inata; concorda com Freud e concorda com Skinner; ama Psicanálise e ama Psicologia Transpessoal. Multivida de segunda a sexta, umas 30:47h/dia, de quebra aos sábados, domingos e feriados. Possui conceitos abstratos acerca do concreto. Fanática por futebol. Vocabulário estranho e "ultrapassado". 20 anos cronológicos; sabe lá Deus quantos mentais. Nem um pouco adepta a romantismos, mas tem suspirado pelos corredores; um belo dia quando acordou descobriu que seu coração tinha sido transferido e o do destinatário estava ali, a pulsar ligeiro, desde então é responsável por ele. Há quem tache de extrovertida, prefiro acreditar que seja equilibrada (não mentalmente falando). Poeta de chuveiro, porque cantora... Está longe! Adora travesseiros, mas nem tanto dormir. Fotógrafa amadora, amadora de cerejeiras. Irônica de norte a sul. Adora duetos de sal e doce, frio e quente, domingo e segunda. Procura nos livros o que não encontrou nem no universo. Salpica palavras em busca de melodia. Chocólatra nada anônima. Prefere qualquer líquido à refrigerante e não troca nenhum por chá. Escuta Los Hermanos até quando dorme, mas não deixa de lado outras jóias. Aventureira e preocupada apenas com a quantidade de adrenalidade da fórmula, se for pouca, nem pensar! Descobre uma nova característica a cada letra pensada, descobre uma nova paixão a cada verso recitado, afirma seu amor sempre que fecha os olhos e encontra os de seu protagonista. Acredita que todo humano tem um lado meio assim, poeta. E todo poeta ainda guarda um pouco de seu lado humano.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Salada Interativa - Móveis Mágicos e Teatros Coloniais: O dia em que a Lapa parou

Olá Saladers!!! O dia 20 de novembro ficará marcado na minha vida. Foi um dia especial, com pessoas (mais do que) especiais, num lugar especial. Não contarei mais nada. Vou deixar que a Nathi Azevedo, responsável por toda a cor e poesia da vida desse aqui, relate toda a beleza daquele dia. Só mesmo as palavras dessa poeta para descrever as sensações que nos consumiram.

A Poesia Prevalece!

[Victor Hugo é: tudo junto numa coisa só]




De ontem em diante, nada será como antes. Senhoras e Senhores, entre e Sintaxe à vontade:


Saindo completamente do meu mundo de óbvio utópico hoje, porque dia 20/11/2009 foi transcendental!

E tudo começou simplesmente com três ingressos na mão para o show do irreverente Teatro Mágico, com participação do indescritível Móveis Coloniais de Acajú no Circo Voador - Lapa / RJ. E como falar em Lapa e não falar em suco de cevada e José Cuervo? Pois é, para completar o que já prometia ser perfeito, toca o celular do meu namorado, eis que era um amigo nosso, digamos que um tanto quanto singular, rs.

"Pô, cara, estou te ligando, mas já sei que você não vai mesmo, mas mesmo assim resolvemos te chamar. Eu, Gustavo, Panda e Renan Borges vamos à Lapa mais tarde... Partiu?!"

É claro que lhe foi informado que aquela já era a rota planejada e mesmo tendo o show pararíamos no Depósito pra prosear e brindar ao destino por tudo e qualquer coisa! Então a noite já seria melhor do que o desenhado... Entre os preparativos finais para a partida e a espera por Nando, o celular toca mais uma vez, agora eram João e Caio, também indo para a Lapa. É, até aí seria ao menos inesquecível a noite. Nathi, Victor e Nando estavam então preparados e com seus Vouchers impressos e guardados. Um ônibus aqui, mais outro ali para o centro do Rio, alguns passos, um táxi e avistamos os tão nostálgicos Arcos da Lapa! E começa a fluência de casos e acasos ocorridos por aqueles paralelepípedos. Passamos no Circo Voador a fim de trocar o Voucher pelo Ingresso do show, no qual entraríamos apenas mais tarde. Fomos ao encontro do pessoal que nos esperava e chegando por lá, já podia sentir uma latinha gelada entre meus dedos, assim como abraços e cumprimentos de pessoas especiais! Após alguns longos 5~10 minutos, passa um felizardo vendendo nada mais, nada menos que doses do nosso (MEU!) amado J.Cuervo! O abordamos e em instantes já tínhamos virado a primeira dose... É, eu tomei mais uma naquela mesma remessa e uns 10~15 minutos depois encontramos o José novamente! hêhê. Três doses do Cuervo e algumas latinhas do néctar depois fomos de encontro à magia que seria representada por música.





Já chegamos ao som dos Móveis Coloniais de Acajú, correndo para ficar bem localizados próximo ao palco, já com a câmera na mão, os registros começaram. Incrível como pessoas e instrumentos conseguem nos fazer transitar entre o céu e a terra. Essa foi a sensação... E ouvindo as pérolas, uma mais bela que a outra, do CD "C_mpl_te". A música desses rapazes é tão envolvente que você se pega pulando, cantando e dançando sem conseguir dizer em que momento isso começou. É incrível, encantador e desnorteador! Mas nunca que começava aquele sonzinho já conhecido por mim, após tantas vezes me ser dedicado e por tantas outras eu dedicar, da música "O tempo"... conformei-me, afinal, já era perfeito estar ali e ter as companhias certas! Enfim o Teatro entrou em cena e, junto aos meninos do Móveis, começaram a dedilhar notas e a fazer um som que eu não queria crer que era o que eu tanto esperava...




Os primeiros versos soaram aos ouvidos como presente: "A gente se deu tão bem / Que o tempo sentiu inveja / Ele ficou zangado e decidiu / Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim". Foi um frenesi de emoções e felicidade. Nesse momento eu tive que me conter e parar de pular, dançar, gritar... Foi um momento de entrega e sensações que poderiam levar uma vida para serem descritas, talvez outrem não entenda, mas os olhos que me fitavam naquele instante decerto entendiam MUITO bem cada brilho que dali emanava.

Enfim estávamos a sós com o Teatro Mágico, o pessoal do Móveis já tinha deixado saudades! E começou um show não apenas de som e empolgação, começou um espetáculo de imagens, luzes, sons, risadas, poesia e música das melhores! Cada nova música que se iniciava desse pessoal era como um novo universo onde mergulhávamos e acabávamos por nos perder entre devaneios e nostalgia. O Teatro Mágico transcorreu banhado e acompanhado de muitas surpresas e malabarismos, com direito a cordas e fogo! Cada vez que eu olhava para o lado via mais e mais pessoas com olhos marejados em lágrimas e pulsando uma energia tão gostosa que a vontade era de eternizar aquela noite. Após apresentações inebriantes da Gabriela Veiga, de poesias e protestos tão bem entoados pelo Fernando Anitelli, caras e bocas singulares do Ivan Parente, o mix de sons reproduzido pelo DJ HP e cada uma das singularidades que cada uma daquelas pessoas transpira, olhei o relógio e lamentei por ver a hora já avançada, o que significava que estávamos perto das cortinas serem arriadas. Foi nesse momento que o Anitelli começou a verbalizar "O Tudo é Uma Coisa Só" e então convidou Móveis para se juntar a eles. todos "devidamente caracterizados", como eles mesmo citaram, terminaram, então juntos, de tocar essa música e após alguns momentos, alguns agradecimentos e frases soltas pelo universo, chegou a hora de uma outra música, agora do Teatro Mágico, que faz parte da minha história e da trilha-pessoa da minha sonora! (:P)
E já nas primeiras notas, ao fundo, enquanto eles começavam a reunir som, voz e respiração para declamar os primeiros versos, já sabia que aquele seria um momento de amor, amizade e felicidade diluídos em uma dose bem grande de toda a energia positiva do universo! "O dia mente a cor da noite / E o diamante a cor dos olhos / Os olhos mentem dia e noite a dor da gente". Já sabia o que estava por vir e, devo assumir, foi com lágrimas contidas que só consegui me virar e mergulhar no abraço mais seguro e especial da minha vida. Ali, abraçada com a pessoa que faz meu mundo ter notas e poesia que eu entendi o motivo de tudo isso, de estar, de ser, de querer, de viver, talvez. Pretensões à parte, aquele era um momento-dádiva a ser partilhado com as pessoas amadas, então sem precisar chamar, sem precisar criar, o som fez acontecer. Estar abraçada com amigos, que embora sejam tão novos em minha história já sejam tão únicos e, indiscutivelmente, insubstituíveis foi como um vendaval de tudo que já foi relatado de transformador e especial. Falta-me léxico para descrever o que foi aquilo. Querer todos os dias acho que já explica um pouco! Por fim estávamos cobertos de suor e o que havia de produção tinha ido pelo espaço afora, rs. Ainda, para completar o que já tinha sido preenchido há eras, o Victor e eu, rumo ao banheiro, encontramos o André do Móveis, conversando e autografando pra galera, o que rendeu uma foto e um papo entre o Victor e ele, esse é meu menino! Eloqüente e sem puxa-saquismo conseguiu falar o quanto a obra deles é espetacular e o quanto merecem o sucesso e espaço que estão ganhando!

Para finalizar, um sambinha maroto com meu irmão no meio da multidão que se dispersava e depois uma (tentativa) de dança com o Caio. Voltamos para o Depósito, às 4:00 am e reencontramos o pessoal. Mais umas conversas e o Panda resolveu voltar conosco para Niterói... mais um (longo) dia se aproximava, mas haveria de valer a pena... Pondo apenas lembrança na saudade!




E nesse Samba de ir Embora, quero deixar um grande beijo à todos que lá estiveram, em especial para: Victor, Nandinho, João, Caio, Barroso, Panda, Renan, Gustavo, Fêh e Fel. Sem vocês não seria assim, Sem Palavras!





Algo explodiu no infinito
Fez de migalhas

Um céu pontilhado em negrito
Um ponto meu mundo girou
Pra criar num minuto
Todas as coisas que são
Pra manter ou mudar




21/11/2009



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quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quem foi o revolucionário da Batatinha?

Amigos saladamaníacos [=P], hoje estou aqui pra compartilhar uma informação muito (des)interessante que caiu no meu colo por acaso.


Num sábado desses, sem muito o que fazer, fui ao mercado com a minha namorada para comprar umas coisinhas para passar o tempo (leia-se: beber). Sem titubear, saímos a procura de umas Heinekens e umas Petras para alcançar a cota de álcool do fim-de-semana. Como o garotão aqui estava meio sem grana, teríamos que usar o VR, e logo teríamos que comprar alguma coisa de comer. Caçamos uma prateleirazinha com a carinha da Elma Chips e encontramos alguns Doritos de Sweet Chili (A única palavra pra defini-lo é: Aaaaaaaaaaahhhhhh). O orgasmo gustativo estava garantido. Foi então que, perto do caixa, vimos reluzindo aquele tubinho vermelho com um bonequinho bigodudo na frente. Ela mesmo: Batata Pringles!!! Ao lado do tubinho vermelho, um meio amarelado nos chamou a atenção. Era um sabor até então desconhecido por nós: Páprica. Orgasmos múltiplos!

Ao chegar no trabalho domingo, encontrei uma Super Interessante novinha (Nov. 2008) perdida na cabine. Dei uma folheada rápida e encontrei uma matéria que falava sobre o Frederic J. Baur, criador da latinha de Pringles. Interpretei isso como um sinal, roubei a revista e resolvi, claro, por transcrever a matéria para os meus amigos leitores enquanto dou uma orelhada no CD do Them Crooked Vultures (muito bom, por sinal).

Deliciem-se...



Texto: Cecília Selbach

Em 1966, a empresa americana Procter & Gamble inventou um novo tipo de batata chips. Diferentemente das outras disponíveis no mercado, ela não era apenas fatiada, frita e salgada. Era uma espécie de purê temperado e moldado, batizado de Pringles - o nome, escolhido pela sonoridade, saiu de uma lista telefônica do estado de Ohio.

O formato também era único, do tipo parabólico hiperbólico. Traduzindo: uma batata irregular e côncava, sem nenhuma linha reta em sua superfície. Esse design inovador causava um problema: como embalar o produto sem que ele quebrasse inteiro no transporte?

Essa era uma missão para Frederich J. Baur, químico orgânico da Universidade de Ohio que trabalhava na Procter & Gamble como técnico em armazenamento de alimentos. Inspirado nas latas de alumínio usadas para refrigerantes, Baur criou um tubo de alumínio revestido com uma folha de papelão - desde o início vermelha, com tampa plástica e um bigodudo no rótulo. Ali, as Pringles seriam bem conservadas e bem empilhadas.

Foi algo totalmente inédito nas prateleiras dos supermercados. Tanto que no início, a lata de pringles não pegou. As pessoas achavam esquisito que todas as batatas fossem iguais, do mesmo tamanho, e armazenadas em uma lata que mais parecia uma embalagem de bolas de tênis. A batata era ridicularizada pelos concorrentes e o The Potato Chips Institute International, representante dos produtores tradicionais, quis proibir a veiculação do salgado como batata chip.

Com tanta resistência, só na metade da década de 1970 a marca começou a ser vendida em todos os EUA, tornando-se um ícone tão forte quanto a garrafa de Coca-Cola.

Frederich se aposentou em 1980, mas continuou trabalhando, dando palestras, editando livros, escrevendo artigos, sem nunca deixar de mencionar sua lata. Sua filha Linda disse a um jornal de Cincinnati, cidade natal do inventor, que a embalagem "era a sua maior realização".

O orgulho da sua criação era tão grande que ele pediu pra ser enterrado dentro de uma daquelas latas. Quando morreu, em maio de 2008, aos 89 anos, vítima de Alzheimer, seus filhos não tiveram dúvida: no caminho para o funeral, pararam em uma farmácia para comprar uma Pringles. Optaram pela clássica lata do sabor original. Parte das suas cinzas foi colocada na lata e enterrada junto à urna funerária.

Assim, Fred Baur inventou uma nova maneira de usar a lata, que já era utilizada por muita gente como cofrinho, casa para pássaros, instrumento de percussão e até antena para captar melhor o sinal de internet.






[Victor Hugo é: Afro-nipônico (?!?!)]

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

2012: Apocalipse repleto de efeitos especiais (novamente)

Mais um filme com o tema 'fim do mundo' estreou nos cinemas no último dia 13, sendo a maior bilheteria do fim de semana nos EUA e uma das melhores estreias do ano, arrecadando 225 milhões de dólares em todo o mundo.
Como a expectativa do público de '2012' não passa pela história, já tão repetida em várias produções - só pra ficar com o mesmo diretor, Roland Emmerick: 'Independence Day' e 'O Dia Depois de Amanhã' - vamos pro que interessa: os efeitos especiais. Abaixo, 5 vídeos - o trailer e making-ofs - que mostram o trabalho que dá pra destruir o mundo.


2012 no Yahoo! Vídeo

Só pra não dizer que eu não falei nada sobre a história: cientistas descobrem que o fim do mundo está próximo (tá bom, premissa de todos os filmes do gênero), só que dessa vez, a causa é o aquecimento do núcleo da Terra.
Os principais governos do mundo - entre eles, claro, o presidente dos EUA, vivido por Danny Glover (clichê 2: presidente negro dos EUA que tenta salvar o mundo) - criam um plano para salvar pelo menos parte da população mundial. Só que os eventos de destruição acontecem antes do previsto, aí que entra o que todo mundo foi ver: maremotos, Cristo Redentor esfarelando, aquela maravilha da tecnologia.
No meio disso tudo, há ainda o escritor vivido por John Cusack, que sai com a família a procura de uma espécie de Arca de Noé, que salvaria alguns poucos do Juízo Final.

Não tive a oportunidade de ver ainda, mas pelo que eu li, não falta aquele discurso megalomaníaco norte-americano. Ou seja, já dá pra deduzir o que acontece no final.
Último detalhe: por que 2012? De acordo com o calendário dos Maias, esse seria o último ano do planeta como conhecemos. Saiba mais aqui e aqui.

PS.: Logo na hora que o Brasil ia ter Copa e Olimpíadas, país mais azarado!

sábado, 14 de novembro de 2009

Suas músicas conforme seu humor

Venho trazer-lhes desta vez uma dica! Para quem gosta de aproveitar seus momentos com uma boa trilha sonora ou, ainda mesmo, para quem está interessado em conhecer um novo som, o Stereo Mood é uma grande pedida.

O site te possibilita escolher algum humor ou estado e oferece uma playlist ideal para que você possa aproveitar seu momento e sua emoção. Simples assim. Eu experimentei e gostei. E é por isso que vai daqui a minha indicação.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CD: Them Crooked Vultures

O supergrupo formado por Josh Homme (Queens of The Stone Age), John Paul Jones (Led Zeppelin) e Dave Grohl (Nirvana e Foo Fighters), que já foi tema de post aqui no Salada, colocou todas as músicas do álbum de estreia - que ainda está em fase de pré-venda - em seu site oficial. Estão todas lá, completas, hospedadas no Youtube.
Se preferir baixar, aqui vai o link do CD.

São 13 boas músicas com um quê de Led Zeppelin, como era de se esperar, mas com um toque mais "moderno", mais ligado ao rock dessa década, além da influência percussiva de Dave Grohl, sempre muito criativo quando assume as baquetas de algum projeto.
Como destaques, aponto as faixas "No One Loves Me, Neither Do I", com um belo trabalho de riffs quebrados; "Elephants" e "Reptiles", que representa bem o poder da cozinha formada por Grohl e John Paul Jones.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Salada Interativa - Morra em nome da sua Felicidade

Boa tarde, amigos saladeiros. Mais uma vez estou aqui para presenteá-los com mais uma pérola de nossos leitores.

Desta vez o Salada Interativa traz o Texto da Priscilla Nunes. Canceriana, estudante de Turismo da Universidade Federal Fluminense, guia oficial do ônibus turístico da NELTUR, exímia cantora (tive a oportunidade de ouvi-la cantando "Milagreiro" do Djavan) e "irmã", essa menina prometeu presentar-nos com seus textos reflexivos e filosóficos. Bom, pelo menos ela me disse que esse era só o primeiro. =P

Além de seus belos textos, ela também transmite muito sentimento através de suas fotos, que um dia espero ter a oportunidade de apresentar para vocês.

Apenas sintam...

[Victor Hugo é: Daniel Azulay, de acordo com o Alexandre King Size]

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MORRA EM NOME DA SUA FELICIDADE

Estava aqui pensando com meus botões e me surgiu um sonho muito louco: conhecer a pessoa que disse pela primeira vez um clássico da sabedoria popular contemporânea: “viva cada momento como se fosse o último”.

Fico impressionada com a profundidade dessa frase, carregada de vivência e percepção de mundo. Ao proferi-la sinto o peso de uma confissão - uma força equivalente à dos grãos de areia que se esvaem numa ampulheta...

Imagino eu, em minhas ianques divagações o teor da dramaticidade escondida em cada entrelinha dessa espécie de... VERDADE ABSOLUTA E APLICÁVEL. Sinto como se a pessoa estivesse presa a uma minúscula parcela de segundo, afogada num súbito desejo de expressar toda uma vida em sete simples palavras que compõem o vocabulário do nosso dia-a-dia.

Quando penso nessa “tal pessoa”, me vem a imagem de um “Condenado” à mercê de sua própria felicidade. Consigo até vislumbrar uma cena para esse indivíduo: uma platéia, uma guilhotina, um juiz, um júri, soldados, um “Condenado” e um velho baú que não fechava de tão cheio que estava.

A platéia aos urros, um júri consternado, uma lâmina afiada, um “Condenado” com sua cabeça posta onde devia estar e o velho e simples baú sem verniz - o único pertence do “Condenado” - abarrotado com fotos, cartas, folhas secas, títulos de propriedades (super interessantes e sem valor comercial) e muitos postais.

Quando acabo de montar esse cenário, consigo até ouvir uma solicitação ao meio dos meus devaneios:

- “Meu caro... Suas últimas palavras...”

Ao olhar em câmera lenta esta cena, vejo claramente o suor do “Condenado” escorrendo em sua testa cheia de linhas profundas, desembocando em seus lábios enrijecidos, fazendo um longo e vívido caminho.

Consigo ler o cheiro vívido deste derramar... sinto o gosto da tremedeira da sua carne murcha - envelhecida pelo tempo... faço uma prova da velocidade da adrenalina pulsando em suas veias; o aroma daquele entardecer, e a visão dos gritos pedindo: “cortem-lhe a cabeça”... sou capaz até de sentir a textura molhada do seu suor em minha narina a ardência que o mesmo provocava em seu olhar...

Consigo ouvir seu pedido destinado em conjunto à razão e à emoção, para que as simples e malditas palavras necessárias se ordenassem em sua mente, com o propósito de passar adiante aquela descoberta...

Com um grito ensurdecedor d’alma; com a eloqüência e volume próprio para uma necessária redenção, aquele povo pode ouvir naquele alaranjado e cítrico entardecer...

- “VIVA CADA MOMENTO COMO FOSSE O ÚLTIMO!”

(...)

Silêncio. É o único som que consigo ouvir depois que o “Condenado” proferiu essas palavras. Sabe aquele silêncio que fala mais que tudo aquilo que é passível de se ouvir? Aquele que te ensurdece, que mexe com sua razão, seu instinto, sua libido, seus paradigmas, suas verdades?
Silêncio este que traz inveja, silêncio que provoca recalque... um silêncio “filho-da-mãe” que paralisa, que te faz duvidar da autenticidade dessa frase, da sua aplicação...

(...)

Acho que o “Condenado à sua própria felicidade” morreu. Esse é o sentimento que trago comigo depois do branco que o silêncio trouxe à minha visão. A frase foi tão tempestuosa que, com certeza a corda que segurava a lâmina se rompeu antes que os soldados pudessem intervir.

Não digo que este devaneio é verdadeiro. Pode ser como pode não ser... e é exatamente essa dúvida que me leva, se for preciso, a morrer pela minha felicidade! Se um dia eu conseguir praticar tal frase, serei uma pessoa livre, realizada. Serei sempre eternalizada em algum lugar, momento, sensação e, quiçá, em incontáveis memórias!

A intensidade da vida nos materializa em outras coisas: choques de adrenalina, ventanias, amarelo-alaranjado de um pôr-do-sol, em azul néon de luar, correntezas, arco-íris, pólen e cantares.

Viver cada momento com se fosse o último me permite ouvir juras de amor inesperadas, ser nomeada com um nome de uma flor, presenteada com uma constelação (peço licença para usar a propriedade do “Condenado” como um exemplo), digna de receber um postal, passível de sentir ao mesmo tempo a dor e o amor e não me sentir mal com isso... o que mais posso querer eu?

(...)

Peço licença para mudar meu sonho nesta noite. Não quero conhecer essa pessoa. Nem quero saber quem foi este “Condenado à Viver”... ou, descobrir que a estória não é bem assim como imaginei...
Desejo, tão somente, viver como ele viveu.

PSN

"A vida não pode ser medida por quantas vezes você respira, mais sim pelos momentos que tiraram seu fôlego"


¹ Que imperam minha mente... Dominam meus sentidos...

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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A grama no Japão é mais verde

Pois é, amigos saladeiros, eu estou de volta! E ultimamente me encontro numa ânsia por conhecer mais da cultura japonesa, como se sua filosofia por si só já não me interessasse o suficiente desde que fui descobrindo algumas coisas em minhas aulas na faculdade, jogando papo fora com amigos e lendo um pouco a respeito.

Aliás, o que aprendi na faculdade a respeito de cultura oriental foi, de certo modo, atitudes isoladas por parte de alguns professores. Afinal, hoje em dia, dá-se enfoque basicamente à história ocidental no curso. E a modinha atual é se conhecer melhor as histórias africana e indígena. Quem sabe outra hora a gente possa ter um curso que alcance um pouco mais além do Meridiano de Greenwich, né?! Mas essa é uma crítica curta e não cabe falar muito mais sobre, por hora...

Não tratando necessariamente apenas de Japão nesse parágrafo: acho curioso como muitas pessoas concebem de modo ruim os filmes orientais no momento em que seus personagens começam a lutar voando pra lá e pra cá, por sobre árvores, telhados, etc. Não sou das mais entendedoras dentro desse aspecto, mas algo eu posso falar (poder, a gente sempre pode, né?). Com olhos de historiadora mode on (e nem precisava de tanto para perceber), é criado um "pré-conceito" tamanho em cima desses filmes, mas isso se dá porque muitas dessas pessoas tentam enxergar e entender as obras com toda a carga de cultura ocidental que lhes é atribuída, com toda a sua experiência de vida do lado de cá do mapa. Mas aí, meus caros... aí as coisas ficam complicadas.

As pessoas não estão desgarradas de preconceitos em nenhum momento, é verdade, mas é sempre bom tentar entender o porquê de coisas que estão um pouco fora do nosso cotidiano. E foi assim que ouvi uma explicação bastante conveniente: esse artifício nos filmes faz parte da cultura oriental e serve para demonstrar algo como se fosse um desprendimento do mundo material, como forma de evolução ou crescimento individual frente às demais pessoas. Ou mais ou menos isso. E, é vero, não são todos os que levitam/voam nos filmes. De todo modo, tô levantando isso no post porque é algo que trouxe uma luz às minhas idéias uma vez na vida.

Além da filosofia, é claro, tô empolgada por conta dessa cultura otaku que só sabe se expandir. Sem idéias pejorativas a respeito desse termo e entendendo que para os japoneses otaku não é bem como entendemos aqui (de acordo com o Wikipedia, prontofalei). Eu tô gostando mais de animes (que antes eu entendia apenas como aqueles desenhos japoneses que passavam na Tv Globinho ou no Bom Dia & Cia... ai, que absurdo!) e até fui a um evento desses faz poucos dias com muita coisa d'o outro mundo, cosplays e outras tantas coisas legais pra se comprar. Daí deu mó invejinha da cultura como ela é, uma vontade de visitar o país e tudo o mais. Lugar onde a violência urbana é praticamente inexistente, onde há um grande respeito mútuo (pelo que se ouve por aí), centro de grandes novidades tecnológicas, país de uma estética interessante, um misto de cultura ocidental e oriental, local das cerejeiras... mas como nem tudo são flores cor de rosa, o país é pra lá de xenofóbico. Aí faz perder até parte do encanto em viajar para lá. Só por turismo mesmo, só pra saber coméqueé.
Mas como as curiosidades acerca de lá não são poucas, trago aqui algumas delas.
  • No Japão, as coisas tendem a ser fáceis e práticas. Mas o alfabeto e os endereços... lá existem três alfabetos: um mais simples (para crianças), um para nomes estrangeiros e outro mais complicado com mais de dois mil caracteres que os japoneses só aprendem por volta dos 15 anos de idade. E suas casas e edifícios não são numerados por metro, mas pela quadra e ordem de edificação. Nem eu entendi bem esse esquema!
  • Os motoristas, no Japão, dirigem de luvas brancas. E os motoristas de táxi ou quaisquer outros serviços: caixas de supermercados, hotéis, bares, onde for, não cobram um centavo a mais do que se deve ou pedem gorjetas (isso é realmente curioso).
  • O número 4 é possivelmente uma das superstições mais populares do Japão. E isso se deve a sua pronúncia (SHI) ser a mesma da palavra morte (SHI). É muito comum encontrar edificações que não possuem o quarto andar ou não dar presentes que sejam compostos por quatro unidades ou quatro peças.
Essas eu tive de procurar (e você encontra mais ali nas fontes), mas o pontapé para que eu escrevesse, hoje, foi algo que achei de supetão: agora existem, adivinhaonde, cemitérios high-tech!
Tóquio por si só já é bastante lotada com seus 13 milhões de pessoas vivas... então, um templo budista decidiu criar um cemitério high-tech, com esteiras e cartões magnéticos, num prédio de 6 andares com capacidade para até 100.000 mortos.


Na hora em que os parentes querem homenagear os mortos, basta digitar uma senha e usar o cartão magnético. Uma esteira traz o caixão até eles. Leva apenas um minuto para o caixão ir parar em frente a uma pequena fonte, um local privado e apropriado para as orações dos parentes e amigos.

E tudo isso sai por 170 dólares/ano (um quinto do preço de um cemitério convencional no centro de Tóquio). O caixão é que sai bem salgadinho, por mais de 8.000 dólares. Mas a idéia parece ter dado certo, pois no templo Koaunju estão, entre enterrados e cremados, por volta de 7.000 mortos. E um segundo cemitério semelhante está por vir! Agora, veja só, até morrer lá se torna mais prático e "divertoso"!

Fontes: ceap.g12, Gizmodo.

Perdoem-me pelo post razoavelmente grande. É que me empolguei. =D

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Niterói King Size

É, meus queridos... Acho que batemos o recorde de tempo sem postar. Mas não pense que abandonamos vocês. Durante todo esse tempo eu fui atormentado pela idéia de não ter o que postar aqui no salada. Como já disse antes, é um pouco difícil manter uma frequência entre as postagens sem "baixar o nível" das mesmas. Então, preferimos manter a qualidade.

Graças a Deus consegui um estágio na NELTUR (Niterói Empresa de Lazer e Turismo), órgão da prefeitura responsável, como o nome sugere, pelo lazer e o turismo na cidade. Fico ali na cabine de informações turísticas logo em frente à estação das barcas na praça Araribóia. Trabalhar lá é o maior barato.



Logo nos primeiros dias de trabalho eu tive a oportunidade de conhecer umas figuras que rondam ali. O primeiro deles foi o maníaco da agenda cultural, um cara que aparece lá na cabine constantemente pedindo de 5 agendas culturais pra cima. É um mistério o que ele faz com todas elas. De acordo com ele mesmo ele as vende "cada uma por 50 reais na cidade maravilhosa". A gente estava achando que distribuia entre os conhecidos ou algo do tipo, até ele chegar no dia 1º de novembro (Nós já tínhamos agendas desse mês), e perguntar se tinha sobrado agendas do mês passado e levar 5 delas. Muito esquisito.

Outro personagem interessante é a Musa, uma moça que tem uma barraquinha de doces junto com uma outra pessoa logo em frente à cabine. Enquanto essa pessoa trabalha, ela fica horas deitada no "banco" em volta da árvore de bruços e de lado, como se fosse mesmo uma musa se banhando ao sol.

Tem também o sociopata. Um maluco que vive reclamando de não se sabe o que pela calçada sozinho. Às vezes em pé, andando de um lado para o outro, às vezes agachado, como se fizese uma fogueira. O chato desse aí é que na maioria das vezes as calças dele estão quase caindo e ele se apresenta quase nu pela calçada.

Mas o que me chamou mais a atenção foi a história do King Size. Nesse feriado eu estava conversando com os meus colegas de trabalho e um deles me falou que o King Size estava pintando quadros ali em frente às barcas. Pela empolgação dela parecia ser alguém famoso. E a quantidade de gente que se aglomerava em volta dele para vê-lo trabalhar reforçava a idéia da fama. Não resisti e perguntei: "-Quem é esse?" Eles me explicaram e tiraram da minha cabeça a idéia de que ele seria famoso pelos seus quadros (avaliados por ele mesmo em até 10 Milhões de Euros - 10 Milhões de dólares se você barganhar). Descobri que a criatura é mais um dos famosos anônimos do Youtube. Não vou explicar o motivo de tanta popularidade. Vejam vocês mesmos...



No mais, peço desculpas pelo tempo sem postar. Sei que cada um teve seus motivos, desde falta de tempo à falta de inspiração. E fica a sugestão para quem tiver oportunidade: Visite Niterói!



[Victor Hugo é: da Máfia Chinesa]