quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Quem foi o revolucionário da Batatinha?

Amigos saladamaníacos [=P], hoje estou aqui pra compartilhar uma informação muito (des)interessante que caiu no meu colo por acaso.


Num sábado desses, sem muito o que fazer, fui ao mercado com a minha namorada para comprar umas coisinhas para passar o tempo (leia-se: beber). Sem titubear, saímos a procura de umas Heinekens e umas Petras para alcançar a cota de álcool do fim-de-semana. Como o garotão aqui estava meio sem grana, teríamos que usar o VR, e logo teríamos que comprar alguma coisa de comer. Caçamos uma prateleirazinha com a carinha da Elma Chips e encontramos alguns Doritos de Sweet Chili (A única palavra pra defini-lo é: Aaaaaaaaaaahhhhhh). O orgasmo gustativo estava garantido. Foi então que, perto do caixa, vimos reluzindo aquele tubinho vermelho com um bonequinho bigodudo na frente. Ela mesmo: Batata Pringles!!! Ao lado do tubinho vermelho, um meio amarelado nos chamou a atenção. Era um sabor até então desconhecido por nós: Páprica. Orgasmos múltiplos!

Ao chegar no trabalho domingo, encontrei uma Super Interessante novinha (Nov. 2008) perdida na cabine. Dei uma folheada rápida e encontrei uma matéria que falava sobre o Frederic J. Baur, criador da latinha de Pringles. Interpretei isso como um sinal, roubei a revista e resolvi, claro, por transcrever a matéria para os meus amigos leitores enquanto dou uma orelhada no CD do Them Crooked Vultures (muito bom, por sinal).

Deliciem-se...



Texto: Cecília Selbach

Em 1966, a empresa americana Procter & Gamble inventou um novo tipo de batata chips. Diferentemente das outras disponíveis no mercado, ela não era apenas fatiada, frita e salgada. Era uma espécie de purê temperado e moldado, batizado de Pringles - o nome, escolhido pela sonoridade, saiu de uma lista telefônica do estado de Ohio.

O formato também era único, do tipo parabólico hiperbólico. Traduzindo: uma batata irregular e côncava, sem nenhuma linha reta em sua superfície. Esse design inovador causava um problema: como embalar o produto sem que ele quebrasse inteiro no transporte?

Essa era uma missão para Frederich J. Baur, químico orgânico da Universidade de Ohio que trabalhava na Procter & Gamble como técnico em armazenamento de alimentos. Inspirado nas latas de alumínio usadas para refrigerantes, Baur criou um tubo de alumínio revestido com uma folha de papelão - desde o início vermelha, com tampa plástica e um bigodudo no rótulo. Ali, as Pringles seriam bem conservadas e bem empilhadas.

Foi algo totalmente inédito nas prateleiras dos supermercados. Tanto que no início, a lata de pringles não pegou. As pessoas achavam esquisito que todas as batatas fossem iguais, do mesmo tamanho, e armazenadas em uma lata que mais parecia uma embalagem de bolas de tênis. A batata era ridicularizada pelos concorrentes e o The Potato Chips Institute International, representante dos produtores tradicionais, quis proibir a veiculação do salgado como batata chip.

Com tanta resistência, só na metade da década de 1970 a marca começou a ser vendida em todos os EUA, tornando-se um ícone tão forte quanto a garrafa de Coca-Cola.

Frederich se aposentou em 1980, mas continuou trabalhando, dando palestras, editando livros, escrevendo artigos, sem nunca deixar de mencionar sua lata. Sua filha Linda disse a um jornal de Cincinnati, cidade natal do inventor, que a embalagem "era a sua maior realização".

O orgulho da sua criação era tão grande que ele pediu pra ser enterrado dentro de uma daquelas latas. Quando morreu, em maio de 2008, aos 89 anos, vítima de Alzheimer, seus filhos não tiveram dúvida: no caminho para o funeral, pararam em uma farmácia para comprar uma Pringles. Optaram pela clássica lata do sabor original. Parte das suas cinzas foi colocada na lata e enterrada junto à urna funerária.

Assim, Fred Baur inventou uma nova maneira de usar a lata, que já era utilizada por muita gente como cofrinho, casa para pássaros, instrumento de percussão e até antena para captar melhor o sinal de internet.






[Victor Hugo é: Afro-nipônico (?!?!)]

3 comentários:

Nathália Azevedo disse...

Olha eu sendo mencionada (H)
Estou ficando famosa no Saladão! hahaha.
Pois é, álcool e comidas orgásticas foram garantidas e agora você com essa imagem de Pringles 3 in 1 me deixa com uma saudade daquelas (dos comestíveis e de você! *-*), só faltou nosso Talento de Frutas Vermelhas - ed Especial. hahaha

É, rapaz... Ainda bem que rolou um "Leia-se: beber" ali, porque quando a Paula leu o trecho anterior em voz alta, eu tive uma interpretação que até então não havia tido... E pegou maaaaal! hahahus.

Enfim, amei o post, já tinha amado quando você me contou da idéia e da matéria em si! *-*

E te aaaaaaamo, meu afro nipônico! *interna*


;**: ♥

Victor Hugo disse...

Essa história de Afro-nipônico que pega meio mal também... =S

HEhHAHhAHHAEHAHE

Cristiano Contreiras disse...

Victor, meu caro, parabéns!

seu universo bloguístico é diferente de tudo que já vi na net.

Além de hiper criativo, gostei do estilo e do blog, como um todo.

Serei seguidor, abs e vamos firmar contato! ate!