segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A grama no Japão é mais verde

Pois é, amigos saladeiros, eu estou de volta! E ultimamente me encontro numa ânsia por conhecer mais da cultura japonesa, como se sua filosofia por si só já não me interessasse o suficiente desde que fui descobrindo algumas coisas em minhas aulas na faculdade, jogando papo fora com amigos e lendo um pouco a respeito.

Aliás, o que aprendi na faculdade a respeito de cultura oriental foi, de certo modo, atitudes isoladas por parte de alguns professores. Afinal, hoje em dia, dá-se enfoque basicamente à história ocidental no curso. E a modinha atual é se conhecer melhor as histórias africana e indígena. Quem sabe outra hora a gente possa ter um curso que alcance um pouco mais além do Meridiano de Greenwich, né?! Mas essa é uma crítica curta e não cabe falar muito mais sobre, por hora...

Não tratando necessariamente apenas de Japão nesse parágrafo: acho curioso como muitas pessoas concebem de modo ruim os filmes orientais no momento em que seus personagens começam a lutar voando pra lá e pra cá, por sobre árvores, telhados, etc. Não sou das mais entendedoras dentro desse aspecto, mas algo eu posso falar (poder, a gente sempre pode, né?). Com olhos de historiadora mode on (e nem precisava de tanto para perceber), é criado um "pré-conceito" tamanho em cima desses filmes, mas isso se dá porque muitas dessas pessoas tentam enxergar e entender as obras com toda a carga de cultura ocidental que lhes é atribuída, com toda a sua experiência de vida do lado de cá do mapa. Mas aí, meus caros... aí as coisas ficam complicadas.

As pessoas não estão desgarradas de preconceitos em nenhum momento, é verdade, mas é sempre bom tentar entender o porquê de coisas que estão um pouco fora do nosso cotidiano. E foi assim que ouvi uma explicação bastante conveniente: esse artifício nos filmes faz parte da cultura oriental e serve para demonstrar algo como se fosse um desprendimento do mundo material, como forma de evolução ou crescimento individual frente às demais pessoas. Ou mais ou menos isso. E, é vero, não são todos os que levitam/voam nos filmes. De todo modo, tô levantando isso no post porque é algo que trouxe uma luz às minhas idéias uma vez na vida.

Além da filosofia, é claro, tô empolgada por conta dessa cultura otaku que só sabe se expandir. Sem idéias pejorativas a respeito desse termo e entendendo que para os japoneses otaku não é bem como entendemos aqui (de acordo com o Wikipedia, prontofalei). Eu tô gostando mais de animes (que antes eu entendia apenas como aqueles desenhos japoneses que passavam na Tv Globinho ou no Bom Dia & Cia... ai, que absurdo!) e até fui a um evento desses faz poucos dias com muita coisa d'o outro mundo, cosplays e outras tantas coisas legais pra se comprar. Daí deu mó invejinha da cultura como ela é, uma vontade de visitar o país e tudo o mais. Lugar onde a violência urbana é praticamente inexistente, onde há um grande respeito mútuo (pelo que se ouve por aí), centro de grandes novidades tecnológicas, país de uma estética interessante, um misto de cultura ocidental e oriental, local das cerejeiras... mas como nem tudo são flores cor de rosa, o país é pra lá de xenofóbico. Aí faz perder até parte do encanto em viajar para lá. Só por turismo mesmo, só pra saber coméqueé.
Mas como as curiosidades acerca de lá não são poucas, trago aqui algumas delas.
  • No Japão, as coisas tendem a ser fáceis e práticas. Mas o alfabeto e os endereços... lá existem três alfabetos: um mais simples (para crianças), um para nomes estrangeiros e outro mais complicado com mais de dois mil caracteres que os japoneses só aprendem por volta dos 15 anos de idade. E suas casas e edifícios não são numerados por metro, mas pela quadra e ordem de edificação. Nem eu entendi bem esse esquema!
  • Os motoristas, no Japão, dirigem de luvas brancas. E os motoristas de táxi ou quaisquer outros serviços: caixas de supermercados, hotéis, bares, onde for, não cobram um centavo a mais do que se deve ou pedem gorjetas (isso é realmente curioso).
  • O número 4 é possivelmente uma das superstições mais populares do Japão. E isso se deve a sua pronúncia (SHI) ser a mesma da palavra morte (SHI). É muito comum encontrar edificações que não possuem o quarto andar ou não dar presentes que sejam compostos por quatro unidades ou quatro peças.
Essas eu tive de procurar (e você encontra mais ali nas fontes), mas o pontapé para que eu escrevesse, hoje, foi algo que achei de supetão: agora existem, adivinhaonde, cemitérios high-tech!
Tóquio por si só já é bastante lotada com seus 13 milhões de pessoas vivas... então, um templo budista decidiu criar um cemitério high-tech, com esteiras e cartões magnéticos, num prédio de 6 andares com capacidade para até 100.000 mortos.


Na hora em que os parentes querem homenagear os mortos, basta digitar uma senha e usar o cartão magnético. Uma esteira traz o caixão até eles. Leva apenas um minuto para o caixão ir parar em frente a uma pequena fonte, um local privado e apropriado para as orações dos parentes e amigos.

E tudo isso sai por 170 dólares/ano (um quinto do preço de um cemitério convencional no centro de Tóquio). O caixão é que sai bem salgadinho, por mais de 8.000 dólares. Mas a idéia parece ter dado certo, pois no templo Koaunju estão, entre enterrados e cremados, por volta de 7.000 mortos. E um segundo cemitério semelhante está por vir! Agora, veja só, até morrer lá se torna mais prático e "divertoso"!

Fontes: ceap.g12, Gizmodo.

Perdoem-me pelo post razoavelmente grande. É que me empolguei. =D

6 comentários:

Bruno disse...

Usou o gerador de lero-lero?

E confie em mim, eventos de anime tem pouquíssimo de cultura oriental.

Bruno Motta disse...

Não tem mais gerador de lero-lero, o geocities fechou :(

Nathália Azevedo disse...

Ahhh, minha terrinha!
Ops, não oficialmente falando, mas por adoção, desde os primórdios de minha vida. Parece que nasci no Japão e me trouxeram para cá por alguma desventura do destino. Gosto tanto, mas tanto da terrinha que até trago, agora, representações dela na pele. hehe. Leia-se tatuagem gigantestamente grande de gueixa, samurai e CEREJEIRA *___*

Ah, que gerador de lero-lero que nada, a verdade é que o Japão de fato é tão entusiasmador que a gente nem se dá conta do quanto que vai falando acerca. E sim, eventos de animê tem MUITO pouco da cultura...

Parabéns, Suelen! :D Tocou no meu ponto fraco-encantador-seilámaisoquê.

Beijão, menina!

PS: Estou pensando em montar uma caravana pro Japão :P Carnaval no Japão seria uma boa. hauhauha.

Suelen Ronconi disse...

Bruno Motta,
tem um outro site que não é o original em funcionamento.
http://www.lerolero.com/

Hahahaha Me chama pra caravana! :P
Beijobeijo, Nathiii!

Bruno Motta disse...

OPA! Obrigado, não sabia desse que ainda funciona. Bom pra encher linguiça em trabalhos com muita epistemologia cognitiva (abobrinha).

Nathália Azevedo disse...

HAHAHA.
Panda, usa o gerador no seu roteiro! :P fikdik ;p


Suelen, com certeeeeza! Que bloco em Copacabana que nada, Carnaval 2010 será com a Caravana da Nathi pro Japão! HAHAHA
Gostei :P Beijobeijo ^^