segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Salada Interativa - Móveis Mágicos e Teatros Coloniais: O dia em que a Lapa parou

Olá Saladers!!! O dia 20 de novembro ficará marcado na minha vida. Foi um dia especial, com pessoas (mais do que) especiais, num lugar especial. Não contarei mais nada. Vou deixar que a Nathi Azevedo, responsável por toda a cor e poesia da vida desse aqui, relate toda a beleza daquele dia. Só mesmo as palavras dessa poeta para descrever as sensações que nos consumiram.

A Poesia Prevalece!

[Victor Hugo é: tudo junto numa coisa só]




De ontem em diante, nada será como antes. Senhoras e Senhores, entre e Sintaxe à vontade:


Saindo completamente do meu mundo de óbvio utópico hoje, porque dia 20/11/2009 foi transcendental!

E tudo começou simplesmente com três ingressos na mão para o show do irreverente Teatro Mágico, com participação do indescritível Móveis Coloniais de Acajú no Circo Voador - Lapa / RJ. E como falar em Lapa e não falar em suco de cevada e José Cuervo? Pois é, para completar o que já prometia ser perfeito, toca o celular do meu namorado, eis que era um amigo nosso, digamos que um tanto quanto singular, rs.

"Pô, cara, estou te ligando, mas já sei que você não vai mesmo, mas mesmo assim resolvemos te chamar. Eu, Gustavo, Panda e Renan Borges vamos à Lapa mais tarde... Partiu?!"

É claro que lhe foi informado que aquela já era a rota planejada e mesmo tendo o show pararíamos no Depósito pra prosear e brindar ao destino por tudo e qualquer coisa! Então a noite já seria melhor do que o desenhado... Entre os preparativos finais para a partida e a espera por Nando, o celular toca mais uma vez, agora eram João e Caio, também indo para a Lapa. É, até aí seria ao menos inesquecível a noite. Nathi, Victor e Nando estavam então preparados e com seus Vouchers impressos e guardados. Um ônibus aqui, mais outro ali para o centro do Rio, alguns passos, um táxi e avistamos os tão nostálgicos Arcos da Lapa! E começa a fluência de casos e acasos ocorridos por aqueles paralelepípedos. Passamos no Circo Voador a fim de trocar o Voucher pelo Ingresso do show, no qual entraríamos apenas mais tarde. Fomos ao encontro do pessoal que nos esperava e chegando por lá, já podia sentir uma latinha gelada entre meus dedos, assim como abraços e cumprimentos de pessoas especiais! Após alguns longos 5~10 minutos, passa um felizardo vendendo nada mais, nada menos que doses do nosso (MEU!) amado J.Cuervo! O abordamos e em instantes já tínhamos virado a primeira dose... É, eu tomei mais uma naquela mesma remessa e uns 10~15 minutos depois encontramos o José novamente! hêhê. Três doses do Cuervo e algumas latinhas do néctar depois fomos de encontro à magia que seria representada por música.





Já chegamos ao som dos Móveis Coloniais de Acajú, correndo para ficar bem localizados próximo ao palco, já com a câmera na mão, os registros começaram. Incrível como pessoas e instrumentos conseguem nos fazer transitar entre o céu e a terra. Essa foi a sensação... E ouvindo as pérolas, uma mais bela que a outra, do CD "C_mpl_te". A música desses rapazes é tão envolvente que você se pega pulando, cantando e dançando sem conseguir dizer em que momento isso começou. É incrível, encantador e desnorteador! Mas nunca que começava aquele sonzinho já conhecido por mim, após tantas vezes me ser dedicado e por tantas outras eu dedicar, da música "O tempo"... conformei-me, afinal, já era perfeito estar ali e ter as companhias certas! Enfim o Teatro entrou em cena e, junto aos meninos do Móveis, começaram a dedilhar notas e a fazer um som que eu não queria crer que era o que eu tanto esperava...




Os primeiros versos soaram aos ouvidos como presente: "A gente se deu tão bem / Que o tempo sentiu inveja / Ele ficou zangado e decidiu / Que era melhor ser mais veloz e passar rápido pra mim". Foi um frenesi de emoções e felicidade. Nesse momento eu tive que me conter e parar de pular, dançar, gritar... Foi um momento de entrega e sensações que poderiam levar uma vida para serem descritas, talvez outrem não entenda, mas os olhos que me fitavam naquele instante decerto entendiam MUITO bem cada brilho que dali emanava.

Enfim estávamos a sós com o Teatro Mágico, o pessoal do Móveis já tinha deixado saudades! E começou um show não apenas de som e empolgação, começou um espetáculo de imagens, luzes, sons, risadas, poesia e música das melhores! Cada nova música que se iniciava desse pessoal era como um novo universo onde mergulhávamos e acabávamos por nos perder entre devaneios e nostalgia. O Teatro Mágico transcorreu banhado e acompanhado de muitas surpresas e malabarismos, com direito a cordas e fogo! Cada vez que eu olhava para o lado via mais e mais pessoas com olhos marejados em lágrimas e pulsando uma energia tão gostosa que a vontade era de eternizar aquela noite. Após apresentações inebriantes da Gabriela Veiga, de poesias e protestos tão bem entoados pelo Fernando Anitelli, caras e bocas singulares do Ivan Parente, o mix de sons reproduzido pelo DJ HP e cada uma das singularidades que cada uma daquelas pessoas transpira, olhei o relógio e lamentei por ver a hora já avançada, o que significava que estávamos perto das cortinas serem arriadas. Foi nesse momento que o Anitelli começou a verbalizar "O Tudo é Uma Coisa Só" e então convidou Móveis para se juntar a eles. todos "devidamente caracterizados", como eles mesmo citaram, terminaram, então juntos, de tocar essa música e após alguns momentos, alguns agradecimentos e frases soltas pelo universo, chegou a hora de uma outra música, agora do Teatro Mágico, que faz parte da minha história e da trilha-pessoa da minha sonora! (:P)
E já nas primeiras notas, ao fundo, enquanto eles começavam a reunir som, voz e respiração para declamar os primeiros versos, já sabia que aquele seria um momento de amor, amizade e felicidade diluídos em uma dose bem grande de toda a energia positiva do universo! "O dia mente a cor da noite / E o diamante a cor dos olhos / Os olhos mentem dia e noite a dor da gente". Já sabia o que estava por vir e, devo assumir, foi com lágrimas contidas que só consegui me virar e mergulhar no abraço mais seguro e especial da minha vida. Ali, abraçada com a pessoa que faz meu mundo ter notas e poesia que eu entendi o motivo de tudo isso, de estar, de ser, de querer, de viver, talvez. Pretensões à parte, aquele era um momento-dádiva a ser partilhado com as pessoas amadas, então sem precisar chamar, sem precisar criar, o som fez acontecer. Estar abraçada com amigos, que embora sejam tão novos em minha história já sejam tão únicos e, indiscutivelmente, insubstituíveis foi como um vendaval de tudo que já foi relatado de transformador e especial. Falta-me léxico para descrever o que foi aquilo. Querer todos os dias acho que já explica um pouco! Por fim estávamos cobertos de suor e o que havia de produção tinha ido pelo espaço afora, rs. Ainda, para completar o que já tinha sido preenchido há eras, o Victor e eu, rumo ao banheiro, encontramos o André do Móveis, conversando e autografando pra galera, o que rendeu uma foto e um papo entre o Victor e ele, esse é meu menino! Eloqüente e sem puxa-saquismo conseguiu falar o quanto a obra deles é espetacular e o quanto merecem o sucesso e espaço que estão ganhando!

Para finalizar, um sambinha maroto com meu irmão no meio da multidão que se dispersava e depois uma (tentativa) de dança com o Caio. Voltamos para o Depósito, às 4:00 am e reencontramos o pessoal. Mais umas conversas e o Panda resolveu voltar conosco para Niterói... mais um (longo) dia se aproximava, mas haveria de valer a pena... Pondo apenas lembrança na saudade!




E nesse Samba de ir Embora, quero deixar um grande beijo à todos que lá estiveram, em especial para: Victor, Nandinho, João, Caio, Barroso, Panda, Renan, Gustavo, Fêh e Fel. Sem vocês não seria assim, Sem Palavras!





Algo explodiu no infinito
Fez de migalhas

Um céu pontilhado em negrito
Um ponto meu mundo girou
Pra criar num minuto
Todas as coisas que são
Pra manter ou mudar




21/11/2009



ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ ॐ

Se quiser participar, envie o seu texto para saladalivre@gmail.com , para dmvictorhugo@gmail.com ou entre em contato com qualquer um de nossos colaboradores.

5 comentários:

Suelen Ronconi disse...

Nem chamaram ):

Nathália Azevedo disse...

U-huu, olha dona Nathália falando pra dedéu! :P

E o mais engraçado é que escrevi tudo isso e ainda achei tão vazio em relação a todos os acontecimentos do dia...

Realmente, a poesia prevaleceu, mas não no meu texto e sim naquela noite! Quero só mais um milhão novecentos e cinquenta e oito vezes!


Suuuuuuuu, desculpa! ):
Chamar-te-ei para os próximos, tá? ^^

Bom, queridos amigos e leitores desse pessoal Saladeiro aqui, recomendo mil vezes por dia as duas bandas e, se houver oportunidade, o show! Sintaxe à vontade para partilhar desse meu amor.

Esqueci de me auto-creditar nas fotos! hehe. ;P

[Nathi é: só saudade, de norte a sul]

Bruno Motta disse...

Faltou a foto, citada no texto, de VH com o cara do Móveis. Claro, devidamente legendada.
:P

Nathália Azevedo disse...

Naaaada disso, Bruno! ^^

Na verdade a foto que tiramos com o André foi pela câmera do colega do Victor, visto que a minha bateria tinha ido para o espaço! :P

Sendo assim, logo que tiver as fotos incorporarei ao texto! :P

Beijão

Victor Hugo disse...

Tô correndo atrás dessa foto ainda!