sábado, 30 de janeiro de 2010

Status do Facebook das personagens de O Senhor dos Anéis







Te dizer que #euri. Vi no Vida Ordinária.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Rock In Rio 25 anos

Neste mês de janeiro, a primeira edição do Rock In Rio completa 25 anos. O festival, que colocou o Brasil no mapa das principais turnês mundiais, teve três edições no Rio (1985, 1991 e 2001) e depois se expandiu, indo para Lisboa (2004, 2006 e 2008) e Madri (2008).
Na edição de 85, grandes nomes estrangeiros do rock se misturaram aos nacionais, ainda começando, entre 11 e 20 de janeiro. Queen, Ozzy, Paralamas, Yes, Kid Abelha e vários outros grupos tocaram pra multidões na Cidade do Rock - um terreno gigante na Barra - e voltaram pra casa com a sensação de que tinham feito o maior show de suas vidas.
Quando o festival acabou, o governador do Rio na época, o saudoso Brizola, mandou demolir a Cidade do Rock, forçando a realização da edição seguinte, em 91, no Maracanã. Dez anos depois, o festival dos Medina voltou pro seu lugar de origem, que foi totalmente reformulado, com várias tendas, além do palco principal.

De acordo com O Globo, além de várias outras fontes, mais uma edição deve vir por aí: em 2011, Rock In Rio 4, no Rio.

Ah, antes que eu me esqueça: pra quem ficou interessado na história do Rock In Rio, pra quem gosta de música e/ou de ler o Salada, ou pra quem quiser dar uma moralzinha, no sábado agora, dia 30, às 10h da manhã, tem um documentário sobre o tema desse post na rádio CBN Rio (92,5 FM e 860 AM). Foi feito por mim e por mais alguns companheiros da ECO.
Ouça, se puder. Querendo comentar aqui, sobre o post ou o documentário, à vontade! :D

Aliás, estou sentindo falta dos comentários. Dá a impressão que ninguém mais lê o Salada além do pessoal que escreve. Comentem, isso nos faz felizes!

________________________________________
É, se alguém (assim como eu) tentou ouvir, viu que não foi ao ar no horário indicado aqui no Salada e na Audioativo. Pra não deixar ninguém na mão, ouça o documentário na íntegra, com exclusividade (hahaha)!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Daber she ze anachnu: Terça do Funk

"Posta com raiva!" - MC Marcelly sobre V.H

"Ele tá que tá..." - MR Catra sobre Salada Livre

"Só postada violenta!" - MC Luan sobre Terça do Funk

"Ratatatatatá, ratatatatatá!" -MC Doriva sobre Salada Livre

Sentiu saudades? Nem eu... mas depois de tantos pedidos e tantos sinais, resolvi por desenterrar a Terça do Funk.

Nesse sábado, dia 23 de janeiro, estávamos lá no - tão famoso - CIT (Centro de Informações Turísticas), da cidade de Niterói e, como o marasmo era imperdoável e não perdoava um cristão sequer, resolvi ler o caderno Prosa & Verso do jornal O Globo. Na última página me deparo com: Funk carioca em Israel. Ri alto e, só depois fui ler a notícia. Segue um trecho:




André Leones

"A luz não é das melhores, mas é possível ver o que está à frente e ao redor sem muitos problemas. No palco o cantor, duas dançarinas e o DJ com a parafernália de praxe. A galera dançando ao ritmo de funk carioca pode dar a impressão de que estamos na Cidade de Deus ou no Andaraí, mas não é o caso.

Estamos no Rich Mar, em Tel Aviv. Na platéia, brasileiros residentes ou de passagem pelo país cantam todas as músicas, coisa que não intimida os nativos e outros presentes no local. Pelo contrário: graças à música, a babel improvisada acaba por se tornar a mesma e única festa, como se todos ali farreassem juntos há tempos. Alguém poderia argumentar que se trata de uma característica da noite de Tel Aviv, cidade que, junto com a libanesa Beirute, é a mais cosmopolita do Oriente Médio, um ambiente secular se comparado ao de Jerusalém. Mas isso não importa. À medida que cantor, DJ e dançarinas incendeiam o lugar com uma sucessão de hits reconhecíveis mesmo por aqueles que não curtem a batida, temos a impressão de estarmos em um autêntico baile funk no coração da noite carioca.

Majestoso, gorducho, quem está no centro do palco fazendo o seu terceiro show naquela noite é o MC Sapinho de Israel. Careca coberta por um boné, camiseta larga e calça jeans enfileira frases e versos em português e hebraico. Está em seu elemento. O público percebe e canta com ele versos como: Na minha casa / O mal não vai entrar / Tem a bíblia e o alcorão / e na porta o Mezuzá". Todos ali parecem concordar alegremente que o "O bonde mais sinistro / É Jerusa e Nazaré". Assim, MC Sapinho segue em suas palavras, "introduzindo a cultura do funk" na pátria de Amoz Óz e Shimom Peres [...]"
Sandro Korn, o MC Sapinho de Israel, é o caçula de uma família de 4 irmãos e foi pra Israel depois do seu irmão mais velho fazer a aliyah (palavra que designa o processo pelo qual os judeus de outros países migram pra Israel) em 2000. Chegando lá, viveu no kibutz Ein Schofet, mas não teve tempo de se estabelecer: apenas 4 meses depois teve de servir o exército. Serviu dois anos na fronteira com o Líbano em um batalhão de artilharia antiaérea.

Todos sabiam do seu apreço pelo funk. Sempre que podia, vinha ao Rio e foi numa dessas que, numa festa de aniversário, foi convidado a dividir o Palco com MR Catra. Sapinho impressionou ao Chico Buarque do funk e logo recebeu uma proposta: Compor uma música juntos, misturando o hebraico e o português. Daí surgiu "Daber she ze anach(pigarro)nu, ou em português, "fala que é nóis". Logo o MC sapinho se tornou conhecido. Em Israel conhece Gilad Sabach, ou DJ Brasiloca e, com essa parceria, cai na noite de Israel chegando a fazer 60 shows por mês (TENSO), ganhando por volta de R$400 por apresentação.

Ele tá que tá introduzindo mais um elemento cultural brasileiro no mundo. No seu repertório tem Funk pra tudo quanto é gosto, dos antigos Raps aos funks mais novos.

Tenho que dar uma cutucadinha antes de ir embora. Uma vez, nem me lembro como, entramos numa discussão sobre o funk, diferente da bossa nova e do samba, não ter nada de brasileiro. Bom, como já disse antes, pingou aqui, misturou, disseminou, é nosso! Foi assim com o, hoje queridinho, samba e com a bossa. No vídeo a seguir podemos perceber os elementos da música dos antigos escravos brasileiros que, misturado ao eletrônico do hip-hop extrai-se o Funk Carioca. Desta vez em hebraico, inglês e português.

Segura essa:



E ae? Partiu Tel Aviv curtir um baile funk?

Shalon!

[Victor Hugo é: O Pente]

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Scorpions e a aposentadoria

Olá a todos que (ainda) nos lêem. Hoje eu trago uma notícia musical.
O grupo Scorpions anunciou em seu site oficial que a próxima turnê - que começa em março desse ano - será a sua última. Depois de 40 anos de carreira, os alemães lançarão seu último álbum, chamado "Sting in the Tail", entrarão em turnê por mais dois ou três anos e, então, encerrarão a trajetória da banda.

Quer dizer, pode ser que seja a última ou apenas a primeira das últimas, vide a quantidade de grupos que terminam e retornam depois de alguns anos.
Como homenagem aos Scorpions, dois de seus maiores sucessos: Still Loving You (ao vivo no Rock In Rio de 1985) e Wind of Change (em versão acústica).





E ainda essa semana tem mais rock pra vocês (cinco :P).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

CDs Rap Brasil e o "Funk antigo"

Hoje eu venho aqui escrever sobre três CDs clássicos da música brasileira: Rap Brasil Vol. 1, 2 e 3, que marcaram uma época de ouro do Funk carioca. Como a parte histórica do estilo já foi muito bem esmiuçada pelo nosso amigo VH na série Terça do Funk, vou tentar seguir um caminho diferente nesse post.
Falar sobre o funk praticado nos anos 90 – chamado de Funk antigo, em oposição ao que é feito hoje – é falar sobre um estilo que, pelo menos no público que tem entre 20-30 anos, é uma unanimidade positiva. Músicas como o "Rap do Silva" e o "Rap da Diferença" são hinos dessas duas gerações, relembrando a infância ou as primeiras curtições nos bailes funk das antigas, "pré-tamborzão".

O ano é 1995. O funk desceu para o asfalto e tomou as rádios e a TV, começando a se transformar nesse fenômeno que vemos hoje. O estilo, que sempre foi uma afirmação da identidade do povo pobre carioca – vide músicas como "Rap do Salgueiro" e "Endereço dos Bailes", que citam várias comunidades do Rio – , era a nova aposta de sucesso do mercado fonográfico. Vendo essa possibilidade, a SomLivre lança três CDs que, além de render muito, serviram para espalhar o som feito nos morros para todo o país.
Agora deixa de história: lá vão os três Rap Brasil pra galera curtir:


01 • MC Cidinho e MC Doca - Rap da Felicidade
02 • MC Júnior e MC Leonardo - Rap Endereço dos Bailes
03 • MC Taffarel e MC Danda - Rap do Festival
04 • MC Sinistro e MC Milão - Rap do Amor
05 • MC Dinho e MC Leleco - Rap do Amigo
06 • MC Markinhos e MC Dollores - Rap da Diferença
07 • MC Nenêm - Rap da Cabeça
08 • MC Júnior e MC Leonardo - Rap do Centenário
09 • MC Cabeça e MC Xande - Rap da Dança da Bundinha
10 • MC Marcelo e MC Padilha - Rap do Curral
11 • MC Marcelo e MC Pulunga - Rap do Trem
12 • MC Nenêm - Rap da Rocinha



01 • MC Bob Rum – Rap do Silva
02 • MC Coiote e MC Rapozão – Rap da Estrada da Posse
03 • MC Cidinho e MC Doca – Rap da Cidade de Deus
04 • Vinny Max e Chiquinho – Rap da Espuma
05 • MC Marquinhos e MC Nanico – Rap da Primeira Dama
06 • Big Rap e Luciano – Rap da Idéia (Eu Vou Pro Baile)
07 • MC Neném – Eu Te Quero
08 • MC William e MC Duda – Rap da Morena
09 • MC Sandro e MC Bráulio – Rap do Corno
10 • MC Ailton e MC Binho – Rap da Massa Funkeira
11 • MC André e MC Fabinho – Rap do Alto da Boa Vista
12 • MC Bob Rum – Orgulho da Favela
13 • MC Lequinho e MC Rondinelle – Mensageiro do Amor
14 • MC Marquinhos e MC Leleco – Aí Shock


01 • MC Marcinho – Rap do Solitário
02 • MC Gorila e MC Preto – Dança do Gorila
03 • MC Suel e MC Amaro – Pra Sempre Você
04 • MC Pink – Rap do Garrincha
05 • Dr. Rocha e Mister Catra – Favela Também é Arte
06 • MC Leleco e MC Marquinhos – Rap do Amigo II
07 • MC Gláucio e Alan – Rap do Arrependimento
08 • MC William e MC Duda – A de Abalô
09 • MC Marcinho – Quero Você
10 • MC Sul e MC Amaro – Perdi Você
11 • MC Rodrigo e MC Andinho – Se Liga Moça
12 • MC Osmar e Dr. Sabará – Rap do Menor Carente
13 • MC Dance e Paulinho MC – Rap da Lourinha
14 • Júlio Índio – Alô Alô


quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amizade

É, Vinição... Você não tem jeito mesmo. Sempre dizendo tudo o que sinto, mas minha eloquência (ou falta dela...) não me permite expressar.


"Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos .
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ...

A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.

Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.

Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!"
"A gente não faz amigos, reconhece-os."
Vinícius de Moraes


Paz profunda a todos os seres!

[Victor Hugo é: -... ou queria ser?- Poetinha Vagabundo]

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Criatividade estampada

Já se foi o tempo em que camisetas representavam uma peça básica no guarda-roupa de toda pessoa. Hoje em dia, estampas podem transformar uma simples camiseta em um outdoor para a criatividade. Ultimamente eu tenho conhecido uma série de sites nacionais que vendem camisetas divertidíssimas e pra lá de criativas, tudo isso porque descobri uma "máfia" desses produtos. Eu explico.

Pra começar, tenho que dizer (mais uma vez) que o Twitter é uma ferramenta da internet que eu passei a venerar. Bom, nem é pra tanto. Os motivos para isso eu não vou explicitar de todo. Cabe apenas ressaltar que o Twitter é uma ferramenta de integração incrível e que (com sua super divulgação em tempo real das mais variadas coisas) se torna um lugar perfeito para participar de promoções. Isso mesmo, promoções. Foi seguindo uma marca de camisetas que consegui ganhar numa promoção divulgada pelo Twitter (mesmo mesmo!).

Sendo seguidora de uma marca (e por vezes até divulgando alguns daqueles produtos que eu achava mais legais), acabei sendo (per)seguida por outras várias marcas de camisetas a fim de divulgar seus produtos. Não que eu esteja reclamando, muito pelo contrário. Isso fez com que eu viesse a conhecer muitos outros sites muito bacanas. E o melhor: todos eles nacionais. A partir de então, fiquei super empolgada para seguir outras marcas que fazem meu gosto e participar de mais promoções na esperança da sorte me sorrir outra vez. Isso também não me fez fugir às comprinhas básicas, né? Já comprei camisetas pelo menos umas duas vezes nesses sites.

E se por acaso você tem problemas em comprar qualquer coisa online (como eu também tinha), vai descobrir que é uma possibilidade bem interessante. Afinal de contas, muitas dessas lojas virtuais tem apresentado opções mais atrativas que as lojas, digamos, "reais". Um método seguro é o pagamento via boleto bancário. É dessa forma que costumo pagar as minhas compras. Mas vamos, então, ao tão esperado merchan. Reuni todas as marcas que acho mais interessantes e, dentre elas, algumas são famosas até e outras nem tanto. Vejamos!

RedBug foi a primeira marca que segui e a camiseta que ganhei na promoção foi de lá. Tem algumas estampas geek/nerd muito legais. #recomendo.
Logo em seguida, comecei a seguir a Reverbcity. Esta é a que mais gosto. Tem camisetas de bandas alternativas (etc) com um design bem diferente. Minha camiseta de lá chegou semana passada. Simplesmente adorei (1000 x).
SoundAndVision tem camisetas bem alternativas também, totalmente freak. Eu gosto. :B
A Camiseteria é a consagrada loja virtual de camisetas. Sem mais. Vale lembrar que a marca está sorteando toda sexta-feira uma camiseta para os seus fãs no Facebook.
Vinteeoito é uma outra opção. Com uma vantagem: frete de lá é grátis.
CamisetasDelivery é outro site que promete. Ainda tem poucas opções, é verdade, mas o frete também é grátis.
Nonsense é uma marca muito boa e faz jus ao nome.
A LinuxMall vende diversos produtos e, dentre eles, temos algumas camisetas. Nessa loja são vendidas camisetas da RedBug também e, às vezes, por um preço mais em conta do que daquela.
A NerdStore é uma loja do site JovemNerd, que ganhou o prêmio de melhor blog no VMB do ano passado. Como o próprio nome diz, tem produtos nerds. Eu gosto da camiseta Protocolo Bluehand.
E por último temos a AlgunsTormentos. Foi uma das primeiras que conheci dentre essas todas. Muito bacana também e tem um diferencial: você pode escolher uma opção para a camisa e outra para a estampa.

Essas são algumas dicas de sites. Já me perguntaram de onde eu havia tirado aquela minha camiseta "engraçadenha" e a resposta foi muito simples: da internet. Esses produtos são sim bem diferentes do que se acha por aí. Só a internet mesmo para apresentar uma gama de opções tão boa. Aliás, não só de camisetas, mas bottons, almofadas e muito mais. Espero que tenham curtido.

Foto: Camiseteria

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Meu eu mais lírico...

Oláááá, como estão nessa sexta-feira chuvosa e aconchegante? *_*

Eu estou ótima, e sei que hoje nada me tira do sério porque a partir das 17:00h de hoje posso cantarolar: Férias! iuuuupi! (Estou aceitando convites, sugestões, convocações e o que mais tiver que ser!)

E para completar esse ânimo, resolvi trazer hoje um dos textos de um escritor muito aclamado na literatura brasileira...





... ok, ok; resolvi trazer um texto meu (publicado no Óbvio Utópico em 16/12/2009).



Discos mudos


"E aquele retrato ainda está aceso aqui na minha lembrança, todos os sons, risos e mares que nos consumiam, que nos tomavam e nos faziam ser aqui e ali. Lembrando dos momentos em que você e eu nos descobrimos apenas um, um mar de saudade e um luar repleto de palavras que me faziam delirar. Recuperei o gosto da sua boca na minha, a me falar em sons mudos todos os seus sentimentos, enquanto que eu apenas conseguia fechar os olhos e me fazer sua, completamente entregue a seus sorrisos e nossos abraços. Agora fica a saudade, saudade dessas lembranças, saudade do seu cheiro que ainda está em mim. Olhando para meu travesseiro consigo me lembrar de você deitado, com os olhos semicerrados a me fitar, a me devorar. Fazendo-me ter certeza de que mesmo na vastidão do universo, nada está propenso a ser além, além dos nossos amores e nossas canções.
Os vultos da madrugada testemunham cada sussuro de uma conversa travada à meia luz, guardando todas as sensações de um dia de mar, um mar de querer, quereres em dualidade. Te procurei nas páginas do meu livro, enquanto meu telefone não me trazia de volta sua voz rouca após aquele whisky que tomara para afundar a melancolia da distância causada pela brisa que partira meu coração em fragmentos de ardor. Enquanto aguardava a escuridão tomar meu corpo e me adormecer, peguei meu livro manchado e te procurei nas páginas amassadas, retratos de aluguel. Olhei para os discos de bossa nova e não pude deixar de tocá-los, mas só meus ouvidos não os ouvia, ecoando sempre aquela imensidão de vazio, que apenas sua ausência é capaz de gerar.
Fechei os olhos mais uma vez e te idealizei ali, a me segurar entre mãos e pernas. Me perdi enquanto explorava seus devaneios, sentindo sua urgência, lhe sussurei a falta que me fez e vi seus lábios se moverem em resposta aos meus cabelos em seu rosto, mas não conseguia ouví-los, pareciam distantes, ecos mudos. Mas você ainda estava ali e eu conseguia lhe tocar, resolvi então viver naquele abraço e me fazer sua. Perdi o fôlego quando consegui enfim ouvir um som e então, abri os olhos e vi o sol."



Então é isso... Se gostaram, obrigada. Se não gostaram... Bem, não gostaram! :P

Beijos para todos ;*

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Hoje vai ter uma festa...

1 ano de Salada Livre e quem ganha o presente é você...

Mentira! Ninguém ganha presente - muahaha!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Quem quer ser um diretor de teatro contemporâneo?

É... Segunda-feira. 1º dia útil da semana e eu, empolgado com esse título, resolvi fazer algo de útil também. Resolvi, mais uma vez, tentar acalmar uma das vozes que gritam na minha cabeça perguntando: V.H.. Que diabos você vai fazer quando terminar a faculdade? Voltei à idéia de fazer uma pós-graduação em produção e gestão cultural. Foi rodando por uns sites de algumas empresas que achei isso aqui na seção de dicas de um deles.

Segura essa, biscoito:


Dicas para quem quer ser um diretor contemporâneo

1. Hoje em dia teatro tem que ser cinematográfico, embora ninguém saiba porquê. Uma concepção estética inovadora é fazer tudo em preto e branco apenas com acessórios vermelhos.

2. Termine o espetáculo assim como ele começou pra passar uma idéia de ciclo.

3. Apoie sua montagem num jogo - de preferência num tabuleiro de xadrez – onde cada ator represente uma peça. Claro, conclua com xeque-mate.

4. Nomeie seu espetáculo de ‘Processo’ e não termine NUNCA!

5. Nomeie seu espetáculo de ‘Performance’, mesmo não sabendo o que isso é direito, e peça pro seu ator tirar a roupa.

6. Utilize uma mesa que se transforme em tudo: ora cama, ora porta, ora parede… e mesa mesmo.

7. Em busca de um teatro pobre, use apenas uma cadeira em cena. Todo mundo de cinza, descalço e sem maquiagem.

8. Monte um clássico e faça a readaptação no nordeste ou na favela.

9. No cenário, o chão deve ser de barro, areia, mato ou café. Algo simbólico e que suje bastante.

10. Excite os 5 sentidos do público (ou 6, se conseguir), embora isso se resuma a acender um incenso, jogar água na platéia, servir vinho, encostar numa parede e mandar tomá-los no c#.

11. Misture dança, teatro, música e artes plásticas e não faça nenhum dos 4.

12. Coloque algum aparelho elétrico ligado. De preferência uma cafeteira

13. Diga que todo o seu processo com os atores se baseou em view point.

14. Convide alguém famoso pra dizer que indica a peça no programa, mesmo sem ele nunca ter assistido.

15. Monte em arena e delimite o espaço público-platéia com giz. Ah, se quiser sofisticar, filme e exiba as reações do público ao vivo num telão.

16. Ensaie seus atores com yoga, karatê, ginástica olímpica, box e meditação. Menos com teatro.

17. Crie maneiras de interagir com o público. Entregue fones de ouvido tocando um lounge bem blasê e/ou algum texto de auto-ajuda, enquanto os atores fazem “partituras de movimento”.

18. Crie a sua própria trilogia e/ou Manifesto.

19. Coloque algum ator fazendo um depoimento pessoal no microfone.

20. Pra ser contemporâneo, tem que ter secreção. Peça para o ator suar bastante ou cuspir em cena.

21. Por fim, limite o número de espectadores – de preferência 3 – e lote todos os dias.

É infalível!

Por: Felipe Barenco



Eu não sei nem o que achar disso. ¬¬

[Victor Hugo é: a afinação da interioridade]

domingo, 10 de janeiro de 2010

Fala que eu te respondo... ou não!

Na onda dos primeiros posts de 2010, venho trazer uma novidade, que talvez não seja mais tãããão novidade assim, mas tem sido a febre do último mês entre os internautas de plantão.

A ferramenta consiste na criação de um perfil pessoal onde outros usuários podem fazer perguntas diretas ou anônimas para você, que pode responder ou não. Bom, mas qual é a graça? Segundo o site INFO Online, da Abril, a graça está em poder tirar suas dúvidas sem ser reconhecido. “Sabe aquela pergunta que você sempre quis fazer a algum conhecido do Twitter ou Facebook, mas nunca teve coragem de escrevê-la do modo convencional, isto é, mostrando o rosto? Se sim, provavelmente, o Formspring.me é o site ideal a você”, diz a matéria publicada.

Já o blog Byte Que Eu Gosto escreveu que o site não é uma rede social, e sim uma rede anti-social: “Criei o meu (perfil) e enjoei dele em dois minutos. Os motivos? Perguntas do tipo “Você é gay?”, “First?” e baixarias ainda maiores reinaram no universo das perguntas. Mas o principal motivo é que o serviço permite que qualquer anônimo faça qualquer pergunta (leia-se ofensa) sem qualquer identificação”.

No final das contas, o site permite que os usuários façam perguntas e respondam sobre qualquer assunto e sem limites de caracteres. E o site pode ainda ser integrado aos perfis de outras redes, como Twitter, Blogger e Facebook. Também é possível personalizar sua página e seguir outros usuários, assim como configurá-la de modo a não receber perguntas anônimas, se isso de fato for tri-doloroso para o usuário, hêhê.

Se a moda vai pegar ou não, só o tempo vai nos dizer. Talvez se ele criar um perfil no formspring.me a gente consiga perguntar, por enquanto só nos resta ir fuxicando e questionando por aí...


Para integrar a outras contas: http://www.formspring.me/account/services

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Vida não-tão-selvagem

Meu primeiro post de 2010 vem com um quê de 2009. No início do Salada, acompanhamos a saga da tartaruga que atacou uma pomba em um parque, que depois não soube lidar com a fama. Vimos também o caso do cachorro sonâmbulo, da cabra macabra e de outros animais curiosos.
Hoje é dia de mais um deles. Você que ouve/já ouviu metal conhece o Derrick Green, do Sepultura. Atente para a semelhança vocal entre ele e o nosso "convidado":



Se você pensava que Galo Metal é apenas isso, é melhor rever seus conceitos.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A Noite Negra da Alma

Aí vai uma mensagenzona [Hê-hê] do DelDebbio para os que tiveram um início de ano... digamos... Desagradável.

Retirado do site http://www.deldebbio.com.br




A Noite Negra da Alma

Que é a Noite Negra da Alma? Trata-se de um termo há muito usado pelos místicos para denotar certo estado emocional e psicológico, assim como para indicar um período de testes por que todo mortal passa alguma vez em sua vida. Essa Noite Negra da Alma é caracterizada por uma série de fracassos; o indivíduo experimenta muitas frustrações. Qualquer coisa que o indivíduo se propõe a fazer parece carregada de incertezas e obstáculos. Não importa o quanto ele tente ou que conheci­mentos aplique, o indivíduo se sente amarrado. Quando prestes a se concretizarem, as oportunida­des parecem escapar de suas mãos. Coisas com as quais ele muito contava, não se realizam. Seus pla­nos tornam-se estáticos e não se concretizam. Ne­nhuma circunstância lhe oferece solução ou enco­rajamento quanto ao futuro. Este período é reple­to de desapontamento, desânimo e depressão.

Durante esse período, o indivíduo sente-se for­temente tentado a abandonar seus mais acalenta­dos ideais e esperanças, tornando-se extremamente pessimista. O maior perigo, contudo, é sua tendên­cia de abandonar todas aquelas coisas às quais atribuía grande valor e importância na vida. Ele pode achar que é inútil continuar seus estudos místicos, suas atividades culturais e sua afiliação a entidades filantrópicas. Caso ceda a essas tentações, estará realmente perdido. De acordo com a tradição mística, este é o período em que a fibra da personalidade-alma é testada. Suas verdadeiras convicções, sua força de vontade e seu merecimento de maior iluminação são colocados à prova. Se o indivíduo sucumbe a essas condições, embora a frustração e o desespero possam diminuir, ele não conhecerá o júbilo da verdadeira conquista na vida. Daí por diante, sua existência poderá ser medíocre e ele não experimentará verdadeira paz interior.

Não se trata de algum tipo de punição imposta ao indivíduo. Como evidenciam os ensinamentos místicos, não é uma condição cármica. É, isto sim, uma espécie de adaptação que o indivíduo deve fazer dentro de si mesmo para evoluir a um nível mais elevado de consciência. É uma espécie de desafio, uma espécie de exigência de que a pessoa re­corra à introspecção e promova uma reavaliação de seus ideais e objetivos na vida. Uma exigência de que a pessoa abandone interesses superficiais e se decida sobre o modo em que deve utilizar sua vida. Não significa que o indivíduo deva abandonar seu trabalho ou meio de vida, mas, que ele deve reestruturar sua vida futura. A Noite Negra o faz perguntar-se sobre quais as contribuições que ele pode fazer à humanidade. Faz com que ele descubra seus pontos fracos e fortes.

Se a pessoa fizer esta auto-análise durante a Noite Negra ao invés de apenas lutar contra suas frustrações, toda a situação mudará para melhor. Ela passa a ter domínio sobre acontecimentos que concluiu serem meritórios. Mais cedo ou mais tarde, então, advém a condição que há muito os místicos chamam de Áureo Alvorecer. Subitamente, parece haver uma transformação: a pessoa torna-se efervescente de entusiasmo. Há um influxo de idéias estimulantes e construtivas que ela sente poder converter em benefícios para sua vida. Todo o novo curso de sua existência é promissor. Em contraste com as condições anteriores, sua nova vida é verdadeiramente áurea no alvorecer de um novo período. Acima de tudo, há a iluminação, o discernimento aguçado, a compreensão de si mesmo e de situações que antes não compreendia.

Aqueles que não têm conhecimento deste fenômeno mas que no entanto perseveram e superam a Noite Negra da Alma, tomam-se algo confusos pelo que lhes parece uma transformação inexplicável em seus afazeres e obrigações. Particularmente estranho lhes parece o que acreditam ser alguma energia ou combinação de circunstâncias externas que produziu a mudança. Eles não percebem que a transformação ocorreu em sua própria natureza psíquica como resultado de seus pensamentos e vontade.
Quando é que começa a Noite Negra da Alma? Em que idade ou período da vida ela ocorre? Podemos responder que normalmente ela se sucede ao fim de um dos ciclos de sete anos, como 35, 42, 49, 56, 63… anos de idade. Ela ocorre com mais freqüência no fim do ciclo dos 42 ou 49 anos, e muito raramente aos 63 ou além.

Quanto tempo ela dura? Em verdade ninguém pode responder esta pergunta pois sua duração é individual. Depende de como a pessoa tenha vivido; de seus pensamentos e ações. Contudo, enfatizamos uma vez mais: A Noite Negra não advém como punição pelo que a pessoa possa ter feito no passado, mas, sim como um teste do merecimento de penetrar no Áureo Alvorecer. Talvez quanto mais circunspecto seja o indivíduo, quanto mais sincero ele seja na busca de realizar nobres ideais, tanto mais cedo sua determinação e seu verdadeiro caráter serão postos a prova pela Noite Negra da Alma.

Por quanto tempo tem a pessoa de suportar es­sa experiência? Isto também varia de acordo com o indivíduo. Se ele resiste, se não sucumbe à tentação de abandonar seus hábitos, prática e costumes meritórios, a Noite logo termina. Se, porém, ele sucumbe, entrega-se à estagnação profunda e abandona seu melhor modo de vida, então a Noite pode continuar em diferentes intensidades pelo resto de sua vida.

Deve-se compreender, repetimos, que esta não é uma experiência ou fenômeno que ocorre somente para os estudantes de misticismo. Aliás, ela não guarda relação direta com o tema do misticismo, exceto pelo fato de ser um fenômeno natural, psicológico e cósmico. Os místicos o explicam; os outros, não. Os psicólogos, por exemplo, dirão que se trata de um estado emocional, uma depressão temporária, um estado de ânimo que inibe o pensa­mento e a ação da pessoa, o que explica os fracassos e as frustrações. Eles procurarão encontrar algum pensamento, alguma repressão subconsciente para explicar tal estado. Como dissemos, a Noite Negra ocorre na vida de todo mundo, independentemente de a pessoa conhecer ou não algo de misticismo. É bem provável que você tenha conhecido alguma pessoa que passou por esse período. As coisas para tal pessoa pareciam redundar em fracassos, a despeito de quanto esforço ela fizesse. Então, algum tempo depois, es­sa pessoa tomou-se bem sucedida, feliz, parecendo ter outra personalidade.

Entretanto, o indivíduo, por sua própria negligência, pode acarretar condições semelhantes às da Noite Negra. Uma pessoa preguiçosa, indolente, descuidada, indiferente e sem senso prático acarretará muitos fracassos à sua própria vida. Ela pode lastimar-se de sua sina a outros, e, se conhecer algo a respeito, poderá mesmo dizer que está passando pela Noite Negra. Mas saberá que a falha está em seu próprio interior.

A diferença entre esta pessoa e o indivíduo que está realmente passando pela Noite Negra está em que o último, pelo menos a princípio, sinceramente procurará enfrentar cada situação e aplicar seu conhecimento até que chegue a compreender que está bloqueado por algo maior que sua própria capacidade. A pessoa indolente, porém, sempre sabe que é indolente, quer isto admita ou não. A pessoa negligente sempre sabe que negligenciou o que deveria ter realizado. A pessoa descuidada que é as­sim por hábito, sabe que não vai muito longe e que comete muitos erros. - AMORC




 Então é isso, queridos. Feliz ano novo!

[Victor Hugo é: Uma estrela.]