segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Quem quer ser um diretor de teatro contemporâneo?

É... Segunda-feira. 1º dia útil da semana e eu, empolgado com esse título, resolvi fazer algo de útil também. Resolvi, mais uma vez, tentar acalmar uma das vozes que gritam na minha cabeça perguntando: V.H.. Que diabos você vai fazer quando terminar a faculdade? Voltei à idéia de fazer uma pós-graduação em produção e gestão cultural. Foi rodando por uns sites de algumas empresas que achei isso aqui na seção de dicas de um deles.

Segura essa, biscoito:


Dicas para quem quer ser um diretor contemporâneo

1. Hoje em dia teatro tem que ser cinematográfico, embora ninguém saiba porquê. Uma concepção estética inovadora é fazer tudo em preto e branco apenas com acessórios vermelhos.

2. Termine o espetáculo assim como ele começou pra passar uma idéia de ciclo.

3. Apoie sua montagem num jogo - de preferência num tabuleiro de xadrez – onde cada ator represente uma peça. Claro, conclua com xeque-mate.

4. Nomeie seu espetáculo de ‘Processo’ e não termine NUNCA!

5. Nomeie seu espetáculo de ‘Performance’, mesmo não sabendo o que isso é direito, e peça pro seu ator tirar a roupa.

6. Utilize uma mesa que se transforme em tudo: ora cama, ora porta, ora parede… e mesa mesmo.

7. Em busca de um teatro pobre, use apenas uma cadeira em cena. Todo mundo de cinza, descalço e sem maquiagem.

8. Monte um clássico e faça a readaptação no nordeste ou na favela.

9. No cenário, o chão deve ser de barro, areia, mato ou café. Algo simbólico e que suje bastante.

10. Excite os 5 sentidos do público (ou 6, se conseguir), embora isso se resuma a acender um incenso, jogar água na platéia, servir vinho, encostar numa parede e mandar tomá-los no c#.

11. Misture dança, teatro, música e artes plásticas e não faça nenhum dos 4.

12. Coloque algum aparelho elétrico ligado. De preferência uma cafeteira

13. Diga que todo o seu processo com os atores se baseou em view point.

14. Convide alguém famoso pra dizer que indica a peça no programa, mesmo sem ele nunca ter assistido.

15. Monte em arena e delimite o espaço público-platéia com giz. Ah, se quiser sofisticar, filme e exiba as reações do público ao vivo num telão.

16. Ensaie seus atores com yoga, karatê, ginástica olímpica, box e meditação. Menos com teatro.

17. Crie maneiras de interagir com o público. Entregue fones de ouvido tocando um lounge bem blasê e/ou algum texto de auto-ajuda, enquanto os atores fazem “partituras de movimento”.

18. Crie a sua própria trilogia e/ou Manifesto.

19. Coloque algum ator fazendo um depoimento pessoal no microfone.

20. Pra ser contemporâneo, tem que ter secreção. Peça para o ator suar bastante ou cuspir em cena.

21. Por fim, limite o número de espectadores – de preferência 3 – e lote todos os dias.

É infalível!

Por: Felipe Barenco



Eu não sei nem o que achar disso. ¬¬

[Victor Hugo é: a afinação da interioridade]

5 comentários:

Nathália Azevedo disse...

Pois é. Uma abordagem muito contemporânea mesmo... Até para mim! :P

Mariah disse...

contrate Caio Blat para fazer um dos papéis ou dar o depoimento a respeito da peça...é a cara dele!

Franklin Catan disse...

Legal esse seu espaço, parabéns muita coisa legal.!

Nathália Azevedo disse...

Obrigada, Franklin!

Aqui a gente mistura tudo que no final sempre dá certo! :P

Seja bem vindo!

Beijo

Anônimo disse...

muito bommm cara!!!! isso tudo que disse é o que realmete estou passando na faul de teatro, às vezes tenho a senssação de que sou burro,mas vc me deixou muito mais tranquilo agora!!!! valeu e parabens mais uma vez!!!