É trio, é pesado e é de Pernambuco. O nome caiu como uma luva para essa banda de... de... Jazz Fusion + Rock Progressivo + Baião, xote, maracatu e outros estilos regionais (não sei denominar isso). O grupo é formado por Breno Lira na guitarra, Ricardo Fraga na batera e Marcos Mendes no baixo. Essa galera leva uma carga mais do que preciosa pelas estradas do país: muito talento passeando de Alan Holdsworth ao Quinteto Armorial nas suas músicas.
Entre violas frenéticas como em Baião pra Edvaldo e Caboclo de Lança, e a harmonia envolvente de Peleja e Xote louco (que também traz seus solinhos fritados) o grupo sai atropelando sentimentos, nos dando uma overdose de musicalidade, feeling e técnicas. Tem cada coisa na sua medida certa. E dessa receita saiu a Panelada - segundo álbum deles, que venho aqui divulgar - mais saborosa de Pernambuco. Dentro dela podemos encontrar uma pitada de improvisos de Sagrama, Orquestra Popular de Recife e maestro Ademir de Araújo, Isaar de França, A trombonada, Guitinho da Coco Bongar, Maestro Spok, Publius e outros.
Treminhão não fica atrás de nenhuma banda de Jazz Internacional. Tenho orgulho deles por, mesmo tendo a capacidade de fazer um som nos padrões internacionais, sem regionalismo "tão queridinho pelos brasileiros" (imitação de riquinho falando com bico) eles resolveram por, sem perder a essência do Jazz, deixar falar alta a música do nordeste, casa deles.
Aí vai uma pitadinha:
Bate no peito e grita: éééééééééééé do Brasil...
01-Sertão
02-Baião pra Edvaldo
03-Caboclo de Lança
04-Xote Louco
05-Coco Violado
06-Arrasta-pé Quebrado
07-Peleja
08-Caboclinhos
09-Treminhão
10-1 de julho
11-Uma Piada
12-Malicunia
13-Sedna
[Victor Hugo é: ...uma cilada, Bino!]
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