Antes de mais nada vamos, de acordo com o Aurélio, esclarecer alguns termos:
cultura sf. 1. Ato, efeito ou modo de cultivar. 2. Fig. O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc., transmitidos coletivamente, e típicos de uma sociedade. 3. Fig. O conjunto dos conhecimentos adquiridos em determinado campo. § cultural adj.
sociedade sf. 1. Agrupamento de seres que vivem em estado gregário. 2. Grupo de indivíduos que vivem por vontade própria sob normas comuns; comunidade. 3. Grupo de pessoas que, submetidas a um regulamento, exercem atividades comuns ou defendem interesses comuns; grêmio, associação. 4. Meio humano em que o indivíduo está integrado. 5. Contrato pelo qual pessoas se obrigam a reunir esforços ou recursos para a consecução dum fim comum.
Fato que nosso meio social não chega nem perto do que parametraram como o melhor, "aaaah, porque na Europa...", sim, na Europa as pessoas não precisam de semáforo porque os motoristas param assim que vêem algum pedestre. Todos fazem isso? Talvez sim, talvez não, essa questão fica para outro momento, ou não. hehe. Quis levantar a nossa situação social para questionar: Deve-se ao nosso contexto de subcondições de vida o fato dos nossos artistas não serem valorizados? Porque sim, temos bailes funk todo sábado com a "rapeize só na maldade com as novinhas", temos também rodas de samba, assim como temos arrasta-pé, isso é questão cultural... E como cultura é algo tão amplo a ponto de me fazer não ousar definí-lo, retornem à minha referência ao Aurélio, em que está a definição de cultura.
Se tanto batemos no peito para falarmos que o Brasil é a terra mais bonita por sua multietnia, sua mistura e calorosidade, onde está o motivo raiz para preconceitos sociais? O fato de não gostarmos de algo não nos garante o direito de julgá-los ou diminuí-los à mediocridade. Entra aí então o meu foco: por que deixamos de lado algum filme à menor menção de ser brasileiro? Paulo Coelho escreve para levantar a auto-estima até de vira-lata e foi só lançar um filme gravado internacionalmente que meio Brasil se moveu para assistir, isso torna o roteiro menos brasileiro do que de algum outro roteirista nosso? É interessante como vejo as mesmas pessoas jogar pedra no nosso Sistema, em defesa de pessoas desfavoradas e em subcondições de vida e torcer o nariz para assistir algum filme que retrate nossa realidade nas favelas ou até mesmo subúrbios.
Dentro da nossa definição supracitada de sociedade podemos entender que temos uma gama de sociedades espalhadas por nosso país e é exatamente por isso que é prazeroso curtir a nossa cultura retratada em obras cinematográficas, teatrais, musicais, circenses e o que mais tiver que vir enfim, sentir o gostinho do Nordeste e dois segundos depois conseguir curtir qualquer outro cantinho do Brasil. Não pretendo mudar pensamentos e nem revolucionar a visão cultural das pessoas para com as nossas obras nacionais, mas fica a minha "campanha", quando conseguirmos enfrentarmos o tabu que nos prende à essa visão e conseguirmos, de fato, dar atenção e sentir o gostinho das nossas jóias, aí entenderemos que o que nos falta é nossa própria atitude.
Se tanto batemos no peito para falarmos que o Brasil é a terra mais bonita por sua multietnia, sua mistura e calorosidade, onde está o motivo raiz para preconceitos sociais? O fato de não gostarmos de algo não nos garante o direito de julgá-los ou diminuí-los à mediocridade. Entra aí então o meu foco: por que deixamos de lado algum filme à menor menção de ser brasileiro? Paulo Coelho escreve para levantar a auto-estima até de vira-lata e foi só lançar um filme gravado internacionalmente que meio Brasil se moveu para assistir, isso torna o roteiro menos brasileiro do que de algum outro roteirista nosso? É interessante como vejo as mesmas pessoas jogar pedra no nosso Sistema, em defesa de pessoas desfavoradas e em subcondições de vida e torcer o nariz para assistir algum filme que retrate nossa realidade nas favelas ou até mesmo subúrbios.
Dentro da nossa definição supracitada de sociedade podemos entender que temos uma gama de sociedades espalhadas por nosso país e é exatamente por isso que é prazeroso curtir a nossa cultura retratada em obras cinematográficas, teatrais, musicais, circenses e o que mais tiver que vir enfim, sentir o gostinho do Nordeste e dois segundos depois conseguir curtir qualquer outro cantinho do Brasil. Não pretendo mudar pensamentos e nem revolucionar a visão cultural das pessoas para com as nossas obras nacionais, mas fica a minha "campanha", quando conseguirmos enfrentarmos o tabu que nos prende à essa visão e conseguirmos, de fato, dar atenção e sentir o gostinho das nossas jóias, aí entenderemos que o que nos falta é nossa própria atitude.
Para ilustrar, fica o trailer de Polaróides Urbanas, um filmaço baseado na peça teatral "Como Encher um Biquini Selvagem", de Miguel Falabella, cuja direção é feita pelo mesmo! =P
4 comentários:
Eu não gosto do cinema nacional, e posso contar em dedos d'uma só mão os filmes que gostei. Mas também não sou das mais conhecedoras e tenho poucos filmes assistidos em minha bagagem. Quando eu assistir mais filmes, poderei discorrer melhor sobre.
Assisto filmes nacionais, por exemplo, com imparcialidade (Na verdade até prefiro nacionais às grandes produções) e não me decepciono. Até hoje, os filmes nacionais que me mais me decepcionaram foram os mais populares, sem contar, claro, aqueles que me fazem refletir sobre a sociedade. MAs isso é uma questão subjetiva, né? Uns reflitem com "Última Parada 174" e outros com "Se eu fosse você". Fatão é que o cinema nacional cresceu muito e, como qualquer em outra manifestação artística, o Brasil tem um potencial gigante e precisa ser valorizado pelos próprios brasileiros, tendo em vista que lá fora a música regional brasileira, por exemplo, é muuuuito bem vista.
Esse é meu garoto! =)
Acho que uma coisa que acaba viciando demais o cinema nacional é que ele se resume a duas palavras. "Globo" e "Filmes". Eu, por exemplo, não aguento mais ver os mesmos atores das novelas na tela grande. Mesmo com a lei de incentivo à cultura as outras produtoras não conseguem chegar ao grande público e às grandes salas, infelizmente.
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