terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pancadão Semanal. Terça do Funk...


Saudações, leitores saladianos. Aproveitando a postagem do Bruno sobre Reciclagem musical, hoje a Terça do Funk trata sobre o Sr. Catra.

Wagner Domingues Costa, o Mr. Catra nasceu e cresceu no morro do Catrambi, no Borel e estudou no Colégio Pedro II (Unidade Tijuca), onde atuou como líder estudantil, participando da criação do Grêmio Estudantil.Em meados da década de 80, como violonista, montou uma banda de rock denominada O Beco, que chegou a fazer um relativo sucesso em festas particulares, escolas e faculdades. Hoje mora na Glória, na Zona Sul do Rio, sendo pai de 13 filhos com mães diferentes. Em suas turnês anuais já pôde mostrar seus trabalhos em países como : Suécia, Suíça, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, Polônia, Israel, Noruega, Holanda, Rússia, Espanha, Franca, Bélgica, etc.

O Fiel possui inúmeras músicas gravadas entre os chamados proibidões (Músicas que "enaltecem" ou "Fazem "apologia" ao crime), e parcerias com Latino e outros MC's. Mas o que torna esse funkeiro "especial", são suas releituras.

Catra já gravou músicas do MC Leozinho (Se ela mama meu ganso, versão de Se ela dança eu danço.), do Bonde dos Hawaianos (Vem que, vem que, vem quicando, no colo dos africanos), da Tati Quebra Barraco (67 Patinete). Mas as principais releituras, as que me motivaram a escrever sobre o Catra no Salada, foram as versões fora do mundo do Funk.

As suas músicas mais famosas: Adultério e Meu Boneco duro é assim, são releituras de Tédio, gravada pelo Biquini Cavadão e Meu cabelo duro é assim, famosa pelo chiclete com banana respectivamente. Todas as duas bem feitas, com uma linguagem bem popular e de um humor tão popular quanto! Menos famosas, mas não menos engraçadas (Acho até melhores), temos pérolas como Uma mamada de manhã (Tarde em Itapoã do Vinícius de Moraes, famosa na voz do Tom Jobim), Cara de mamada (Coisas que eu sei da Dani Carlos), Toalhas e Fronhas (Pais e filhos, Legião Urbana), Se o meu P@* não parar de crescer (Primeiros Erros, capital Inicial) e Bonequinho de Voodoo (Se você pensa, Roberto Carlos). Todas na mesma linha, falando de mamadas e coisas do tipo.

As músicas ficaram muito boas. As tiradas do Catra são sensacionais. Trechos como "Daqui pra frenteee, larga a macumba e vira crente" e "Sooobe agoraa Uuuhh... To com o boneco pra foraa", acabaram comigo. Apesar de eu ser contra os funks ditos proibidões, sigo a linha de que toda manifestação cultural tem o seu devido valor, o funk não fica atrás e não há ninguém melhor que o Catra para representá-lo. Por isso, vale a pena conferir todos os links. Mas tirem as crianças da sala antes.

Grande abraço aos leitores, funkeiros ou não, do Salada Livre!

[Victor Hugo é: Pacêro, tá ligado?]

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